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É natural que a pressão aumente e que o Flamengo seja ainda mais cobrado em 2019, primeiro ano da diretoria que começou bem, ao acertar a contratação do técnico que vai comandar o futebol do clube. O Flamengo terminou 2018 sem nenhum título expressivo, ausente das finais do Campeonato Carioca, da Copa do Brasil, oito pontos atrás e o dobro de derrotas do campeão brasileiro, além de não ter tido vida longa na Libertadores, que completou 37 anos sem ganhar.

O nome da vez é Dedé,  que o Cruzeiro recuperou, após delicadas cirurgias de joelho, que exigiram tempo para que voltasse a jogar e o fizesse, no clube e na seleção, com a firmeza de antes. O novo técnico, melhor que ninguém, pode dar o aval porque conhece bem a posição, em que atuou tanto tempo e com destaque, no Fluminense, Vasco, PSG, no próprio Cruzeiro, Botafogo e Goytacaz, onde iniciou como treinador logo após encerrar a carreira de zagueiro.

Não se sabe se o Flamengo será bem-sucedido na tentativa de ter Dedé, depois de não conseguir a volta de Felipe Melo, que vai continuar no Palmeiras, e de considerar elevado o preço que o Atlético Paranaense pediu por Pablo, que pode também compor o ataque com Diego Souza, no São Paulo, depois de dividirem o terceiro lugar entre os principais artilheiros do Brasileirão 2018.

O anúncio da volta do gerente de futebol, também não deixa de causar certa estranheza entre alguns rubro-negros. Afinal, Paulo Pelaipe tem um retrospecto bem complicado: no Flamengo, quase chegou ao desforço pessoal com o assessor de imprensa do clube. No Grêmio, foi chamado de racista por ofender os seguranças negros do Flamengo, e teve briga, no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, com seguranças do Atlético Paranaense, o que lhe fez perder um dente.

O trabalho como gerente de futebol não chegou a agradar, principalmente no Coritiba, com o time terminando no meio da tabela, no Campeonato Brasileiro da Série B.

O Flamengo precisa começar 2019 sem repetir os erros de 2018, sob pena de reincidir em falhas que poderão causar ainda mais decepções. A torcida vai cobrar a montagem de um elenco que seja capaz de corresponder e, acima de tudo, não só de disputar, mas de ganhar títulos. Esse é o prato preferido da maior torcida do Brasil.