Escolha uma Página

No primeiro jogo entre cariocas no Brasileirão 2019, Fluminense e Botafogo devem renovar na tarde deste segundo sábado (11) de maio as emoções do clássico mais antigo da cidade, que disputaram pela primeira vez há 116 anos, em 13 de maio de 1906, no estádio das Laranjeiras, pela segunda rodada do histórico primeiro Campeonato Carioca, disputado só por seis times e que o Fluminense conquistou. Só 27 anos depois o profissionalismo foi implantado e o Bangu ganhou o campeonato de 1933.

Os jornalistas da época romântica do futebol gostavam (e sabiam) criar denominações, daí Fluminense x Botafogo ter sido, por muito tempo, chamado de clássico vovô, por ser o mais velho. Vasco x América passou a ser o clássico da paz, em 1937, quando fizeram amistoso em São Januário, depois que os presidentes Pedro – Corrêa (Vasco) e Novaes (América) – conseguiram unir os clubes na criação de uma nova entidade. Depois, Vasco x Flamengo, o clássico dos milhões, e Fla x Flu, o clássico das multidões.

TÉCNICOS MAIS NOVOS – Fernando Diniz, mineiro de 45 anos, e Eduardo Barroca, carioca de 37 anos, estão entre os mais novos do Brasileirão 2019. Adeptos do jogo limpo e do futebol técnico, sempre buscando o gol, com certeza, estão entre os mais cotados da nova geração, capazes de contribuir para o resgate completo da tão desgastada imagem do futebol brasileiro. Diniz, sete anos mais velho, conhece um pouco mais da estrada. Barroca se credenciou pelo excelente trabalho na base e faz apenas o quarto jogo.

FLUMINENSE – Se o início não foi bom, com as derrotas para o Goiás e o Santos, a virada histórica dos 5 x 4 no Grêmio, após levar 3 x 0 – no melhor jogo de 2019 no Brasil -, criou alma nova no Fluminense, que subiu seis posições, e pode terminar a rodada entre os dez primeiros. No sobe e desce constante de um campeonato duro e equilibrado, a vitória levará o tricolor aos mesmos seis pontos do adversário, aumentando a confiança para a volta ao Maracanã no jogo seguinte com o Cruzeiro.

BOTAFOGO – Após a derrota na estreia com o São Paulo, no Morumbi, o time aproveitou bem os dois dos três jogos seguidos no Rio. A virada no Bahia e a vitória sobre o Fortaleza, ambas sob a bênção do Nilton Santos, só fizeram crescer a disposição para o primeiro clássico no Maracanã. Bom dizer que Botafogo e Fluminense estão entre os sete que ainda não empataram em três rodadas. É prenúncio favorável para que o clássico mais antigo do Rio tenha um vencedor.

A VOLTA E DOIS FORA – Depois de quatro jogos fora, Ganso volta ao time, que não terá dois do meio de campo: Airton e Bruno Silva, ambos sem previsão de recuperação. Outra ausência, Everaldo, atacante que já se apresentou ao Corinthians. Novidades: pela primeira vez, após a cirurgia no joelho, Pedro iniciará, depois de ter entrado no decorrer dos jogos anteriores. E o apoiador Yuri, emprestado pelo Santos.

OS LATERAIS – Fernando entrou bem na direita e Gilson voltou melhor na esquerda. Por isso, o técnico do Botafogo vai mantê-los e, ao mesmo tempo, preservar Marcinho e Jonatan, que não vivem boa fase no conceito dos torcedores. Não há motivo para mexer em outras posições, de vez que todos vêm apresentando regularidade e bom rendimento, inclusive Diego Souza, que não teve bom início no jogo com seu ex-time, o São Paulo.

ÁRBITRO POLÊMICO – O primeiro clássico carioca do Brasileirão 2019 terá o árbitro polêmico da final do Paulista 2018, em que apitou pênalti para o Palmeiras – Ralf, do Corinthians, em Dudu – e desmarcou oito minutos após um aviso de observador extra campo. Marcelo Aparecido de Souza estourou a idade limite de 45 anos da Federação Paulista e agora é da Federação Paraibana, que o chamou, e a outros árbitros, para recompor o quadro, após afastar dirigentes e banir nove árbitros.

Bom dizer: no Brasileirão, na Copa do Brasil e em outras competições que promove, a CBF admite árbitros até 50 anos de idade.