OS PARABÉNS DO SÃO PAULO PELA LIBERTADORES deram ao Fluminense a ideia de reviver uma festa em que foi pioneiro no futebol, ao ganhar o primeiro tricampeonato carioca da era do profissionalismo, em 1936-37-38. O 3º lugar da Copa do Mundo de 38, na França, foi muito comemorado no Brasil, e dos 22 jogadores da seleção, 16 eram de equipes do Rio, cinco do Fluminense: Batatais, Machado, Romeu, Hércules e Tim, técnico do time campeão carioca de 1964.
O FLUMINENSE repetiu a festa no bicampeonato de 40-41, em que teve o ataque arrasador de 106 gols em 29 jogos, com 26 gols do argentino Rongo, o German Cano da época; em 1946, no inédito Supersupercampeonato carioca, com 97 gols em 24 jogos, em que os artilheiros foram o ponta-esquerda Rodrigues (28) e Ademir Menezes (25); em 1951, no 1º título carioca no Maracanã, quando Mario Filho lançou o duelo de torcidas no Fla-Flu, abreviatura que criou para o clássico.
O FLUMINENSE fez outra bela festa para comemorar a Copa Rio de 1952, o Mundial de clubes da época, com nove equipes, em que venceu o Áustria (1 x 0 e 5 x 2); o suíço FC Grasshopper (1 x 0); o Peñarol (3 x 0), base da seleção uruguaia, campeã do mundo em 1950 no Maracanã; 0 x 0 com o Sporting de Lisboa, em tarde inspirada do goleiro Carlos Gomes, dos primeiros europeus que jogava de boné, e na decisão em dois jogos com o Corinthians (2 x 0 e 2 x 2).
O FLUMINENSE voltou a fazer a festa das faixas em 1957, quando foi o primeiro carioca a ganhar invicto o Torneio Rio-São Paulo, depois de nove anos de conquistas dos times paulistas, com o destaque de Waldo, seu maior artilheiro de sempre, com 319 gols em 403 jogos. A festa se repetiu em 1959, com o último título carioca do Distrito Federal, e em 1964, ano do último título de Castilho, maior goleiro da história, e o primeiro de Carlos Alberto Torres, futuro capitão do tri (1970).
FLUMINENSE, campeão da Libertadores, e São Paulo, campeão da Copa do Brasil, trocarão faixas por seus títulos inéditos, antes do jogo da 4ª feira (22), que completará a 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, adiado pela decisão Fluminense x Boca. As taças serão exibidas em noite de mais uma grande festa no Maracanã. Bom dizer: embora o gol do título tenha sido feito por um dos mais jovens, John Kennedy (21), o Fluminense foi campeão com a mais alta média de idade.
A EQUIPE CAMPEÃ do técnico mineiro Fernando Diniz, ex-meia de 49 anos, tem Fabio (43), Felipe Melo (40), Marcelo e Cano (35), Ganso (34), Samuel Xavier (33), o que dá a média de idade de 32,3, a mais alta entre os campeões da Libertadores e da Liga dos Campeões, considerando-se que o Milan, segundo maior campeão da Europa, tinha um elenco com média de idade de 31,1 ao ganhar o sétimo, e mais recente título, na temporada 2006-07.
A VOLTA AO CAMPEONATO BRASILEIRO
O FLUMINENSE reencontra o Internacional na Arena Beira Rio, em Porto Alegre, 34 dias depois de ter ganhado a vaga na final da Libertadores, com a virada por 2 x 1, após 2 x 2 no Maracanã. O jogo desta 4ª feira ( 8 ) é pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, com o Internacional em 11º com 42 pontos, e o Fluminense, em 8º com 45 pontos, garantido na fase de grupos da Libertadores 2024 e já pensando no Mundial de clubes, de 12 a 22 de dezembro, na Arábia Saudita.
O FLUMINENSE não terá Felipe Melo, Marcelo e Cano, autor do gol da virada em Porto Alegre e artilheiro da Libertadores, poupados, que poderão reaparecer no Fla-Flu de sábado (11). Será o penúltimo jogo fora do Rio (o último será com o Santos), e como mandante, o Fluminense jogará com o São Paulo, Coritiba, Palmeiras e Grêmio. O Internacional só não terá o lateral Renê, com problema muscular, que será substituído pelo colombiano Nico Hernandez.
Foto: Net Flu