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Via de regra, quando um clube anuncia a chegada de um jogador, usa o termo reforço. Contratação nunca foi sinônimo de reforço e, ao longo dos anos, vários investimentos comprovaram isso. Agora, por exemplo, o Fluminense informa que acertou contrato de cinco anos com o meia Ganso, que deve ser apresentado, “como novo reforço”, no início da semana.

Menos pela idade (29), mas por ser um jogador lento, tenho dúvida de que Ganso se encaixe no esquema do técnico Fernando Diniz, que prioriza a velocidade dos mais novos. Sem brilho, mas com muita aplicação, o time do Fluminense tem melhorado o rendimento, baseando suas atuações no jogo rápido e com toques de primeira como exige o futebol de hoje.

Ganso é um dos muitos canhotos inteligentes que vi, tricampeão no São Paulo – 2010-11-12 -, no mesmo período em que se sobressaiu ao ganhar a Copa do Brasil, a Libertadores e a Sul-Americana. Mas, desde 2016, quando saiu para o Sevilha, não conseguiu se firmar na Espanha, escalado em apenas 28 jogos, em que fez só 7 gols, entre 2016 e 2019.


Jorge Sampaoli / UOL Esporte

O argentino Jorge Sampaoli, atual técnico do Santos, foi bem-sucedido ao estrear na Europa comandando o Sevilha, que levou ao quarto lugar do Campeonato Espanhol – 2016-17 -, com vaga na Liga dos Campeões. E fez o time render ao tirar Ganso, lento, nada criativo e pouco participativo, com 7 gols em 28 jogos, metade do que o técnico dirigiu.

Ganso foi emprestado em 2018 ao Amiens, time francês inexpressivo, onde também não se firmou, e saiu sem marcar sequer um gol após treze jogos. Pior do que três temporadas consecutivas sem brilho e sem se firmar, foi Ganso ter saído com a marca de um grande fracasso no futebol da Europa. Logo ele que esperou tanto tempo por essa chance.