De desacreditado a finalista, o Corinthians venceu (1 x 0) o Mirassol, que eliminou o São Paulo, e tenta o tetracampeonato, em mais uma decisão histórica com o Palmeiras, que na outra semifinal de ontem (2) ganhou (1 x 0) da Ponte Preta, que eliminou o Santos. Depois de amanhã (5), na Arena Itaquera, e sábado (8), no Allianz Parque, os times mais populares da capital estarão se enfrentando pela sétima vez, em outra grande final do Campeonato Paulista, o mais organizado do futebol brasileiro. O Palmeiras fará o segundo jogo em seu estádio, por ter somado mais pontos (28) que o Corinthians (23).
DOIS ANOS DEPOIS – Pela primeira vez, Corinthians e Palmeiras sem público, diferente das últimas finais, em 2018, com o recorde de 43.905 pagantes, em 31 de março, Palmeiras 1 x 0, gol do colombiano Borja, na Arena Corinthians, e de 41.227 pagantes, em 8 de abril, na Arena Itaquera, Corinthians 1 x 0, gol de Rodriguinho, e bicampeão nos pênaltis (4 x 3). Finais marcadas pela tensão, 18 anos depois da última decisão em 1999, também com o Corinthians campeão.
49 FALTAS – O primeiro jogo da final de 2018, em 31 de março, registrou 49 faltas (22 do Corinthians), e o árbitro Leandro Marinho aplicou 10 cartões amarelos (6 em palmeirenses), e expulsou, no fim do primeiro tempo, Felipe Melo e Clayson. O Palmeiras era o único a vencer o Corinthians duas vezes na Arena Itaquera, e a terceira vitória, diante de torcida única, deixou os 43.905 corintianos muito irritados. Em seu estádio, no jogo de volta, o Palmeiras seria campeão com o empate.
PÊNALTIS – No segundo jogo, dia 8 de abril, no Allianz Parque, a festa estava pronta para o Palmeiras recuperar o título, ganho pela última vez em 2008. Entretanto, os 41.227 palmeirenses saíram frustrados. O Corinthians devolveu o 1 x 0, com o gol de Rodriguinho, e foi bicampeão nos pênaltis (4 x 3). O técnico Fabio Carille e seus campeões: Cassio, Fagner, Balbuena, Henrique e Sidclei; Ralf, Maicon, Romero e Jadson (Emerson Sheik); Rodriguinho (Danilo) e Mateus Vital (Lucca).
106 ANOS – O Palmeiras comemora 106 anos em 2020, fundado em 26 de agosto de 1914 como Palestra Itália. Três dias antes da decisão de 1942, a diretoria mudou o nome do clube para Sociedade Esportiva Palmeiras. Para não ser vaiado, o time entrou em campo para a final, que ganhou (3 x 1) do São Paulo, no estádio do Pacaembu, com a bandeira do Brasil, e foi muito aplaudido. O último título do Palestra Itália foi o de 1936, mas disputado em 1937, em três jogos, com 1 x 0, 0 x 0 e 2 x 1 no Corinthians.
109 ANOS – O Corinthians festejará 110 anos em 2020, fundado em 1 de setembro de 1910. Atual tricampeão, ganhou invicto quatro de seus 30 títulos, e tem o favoritismo de boa parte dos observadores, pela ascensão nos últimos jogos, incluído o confronto mais recente com o rival, em que venceu (1 x 0) com o gol de cabeça do zagueiro Gil. O retorno do artilheiro Jô, que também estava na China, aumentou a força ofensiva da equipe. O Palmeiras, com 22 títulos, está de jejum desde 2008.
NÚMEROS – A estatistica reflete bem o equilíbrio do maior clássico paulistano. Em 364 jogos, o Corinthians venceu 128 e o Palmeiras ganhou 127, registrando-se 109 empates. Com a mesma importância de Mario Filho, do Jornal dos Sports, criador do Fla-Flu, o jornalista italiano Thomaz Mazzoni, que marcou época em A Gazeta Esportiva, soube valorizar os grandes clássicos paulistas, dando-lhes a dimensão de espetáculos grandiosos como os do nível de Corinthians x Palmeiras.
Foto: Terra