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Com certeza, a pandemia do novo coronavírus, acelerando a cada dia, com números alarmantes, é o problema que mais preocupa, sobretudo com o Brasil assumindo o segundo lugar dos casos confirmados (330.890) e das mortes (21.048), pelo último boletim da noite de ontem (22). Mas, infelizmente, não é o único a preocupar os brasileiros.

De quando em vez, registram-se baixarias, dentro e fora de campo, mas vi na noite de ontem (22), no canal CNN, que o futebol já não está só; ganhou a preciosa companhia de políticos. Só não se esperava que fosse da linha top, do mais alto escalão. Ou há um certo exagero da minha parte, ao estranhar o nível da reunião do presidente com os ministros?

INÉDITO – Nada contra palavrão, que colocado na hora certa, até se encaixa. Mas, à toa, de graça, ao léu, pega mal, ainda mais quando proferido pela principal figura do país, que deve merecer e impor respeito. As ofensas do presidente da República a dois governadores e a um prefeito, em tons chulos, grosseiros, de baixo calão, não condizem com o cargo.

AMEAÇAS – A postura de ministros, com ameaças, seguindo a linha hierárquica do baixo nível, também decepcionou. Referindo-se ao Banco do Brasil, o maior da América Latina, fundado em 1808 por Dom João VI, rei de Portugal, o ministro da Economia, do alto dos seus 70 anos, não fez por menos: “Tem que vender essa porra logo.

PRISÃO – A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, experiente aos 56 anos, pediu “a prisão dos governadores que adotaram o isolamento social”. O ministro da Educação, que aos 48 anos ainda escreve impressionante com c, não usou o substantivo feminino prisão, mas disse que “botava na cadeia todos os vagabundos do STF”.

PALAVRÕES – O presidente da República incentivou os ministros a reagirem contra os ataques dos governadores, e não economizou: “Foda-se, puta que o pariu“. Depois, mais brando, disse que o governador do Rio é “um estrume” (merda de animal), e que o governador de São Paulo “é um bostaque também disse para ofender o prefeito de Manaus.

Jamais supus assistir à reunião de um presidente com ministros, em nível tão baixo, igual ao de certos jogos, e de algumas reuniões de dirigentes de futebol. O Brasil não merece.