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Os padrões do Reino Unido estão mudando, inclusive no futebol, que começa a deixar de ser tão rígido sob certos aspectos. Depois de testes e análises, desde setembro, a Liga Inglesa de Futebol, que a partir de janeiro terá, pela primeira vez, a presidência de uma mulher, vai encaminhar solicitação à International Board e à Fifa para a implantação do árbitro de vídeo na temporada 2019-2020 da Premier League.

CINCO PRINCIPAIS – O árbitro de vídeo está implantado em cinco das principais Ligas da Europa – Alemanha, Espanha, Itália, França e Portugal -, com autorização da IFAB – International Football Association Board -, órgão oficial fundado em 6/12/1883 e que regula as regras do futebol no mundo. A Fifa, que controla e organiza a Copa do Mundo, adotou as regras ao ser fundada em 1904 e admitida em 1913 pela International Board, que se reúne só duas vezes ao ano, em março e setembro.

ÁRBITRO DA FINAL – O italiano Pierluigi Collina, árbitro da final da Copa 2002 – Brasil 2 x 0 Alemanha -, é o chefe da comissão de arbitragem da Fifa e diz que o VAR – sigla em inglês do árbitro de vídeo – será adotado no mundo, de vez que ajuda a elucidar os lances mais difíceis de serem interpretados. Na opinião dele, “o futebol passa a ser menos injusto com a adoção do árbitro de vídeo”.

AÇÕES DE PLÁGIO – Pelo menos dois engenheiros, na América do Sul e na Espanha, entraram com ações de plágio contra a Fifa. Na Bolívia, Fernando Mendez garante ter criado o árbitro de vídeo em 2004, antes do jogo Oriente Petrolero x Blooming, clube do seu coração, e pede indenização de 100 mil dólares. Na Espanha, Francisco Lopez também assegura que teve a ideia do árbitro de vídeo há mais de 20 anos e solicita ressarcimento de 500 mil dólares.

BRASILEIRO – Depois de implantar o árbitro de vídeo na Copa do Brasil, ao custo de 50 mil reais por jogo, a Confederação Brasileira de Futebol decidiu que a despesa no Brasileirão 2018 teria que ser coberta pelos clubes, que não concordaram. O assunto voltará à pauta de discussão para o campeonato de 2019, mas a CBF se mostra irredutível em não pagar o custo do árbitro de vídeo.