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Bicampeão 75-76, com jogadores notáveis, tipo Manga, Figueroa, Falcão e Carpegiani, o Internacional está a uma vitória do quarto título, 41 anos depois de ter sido em 79 o único campeão invicto da história do Campeonato Brasileiro. A vitória (2 x 0) de ontem (14) sobre o Vasco, em São Januário, manteve o time na liderança com 69 pontos, e se vencer o vice-líder Flamengo, com 68, domingo (21), no Maracanã, faz a festa das faixas, antes do último jogo, com o Corinthians, na Arena Beira Rio.

CABEÇA DE LÍDER – O Internacional fez 1 x 0 logo aos 10 minutos, com o gol de cabeça do volante Rodrigo Dourado, que reapareceu com excelente atuação. A falta de Leo Matos em Yuri Alberto, junto da linha lateral, foi cobrada pelo lateral-esquerdo Moisés, e Rodrigo Dourado, com excelente impulsão, completou de cabeça no canto direito, sem que o goleiro Fernando Miguel conseguisse tocar na bola. O Inter é o time que mais fez gol de cabeça (18) no Brasileiro 2020.

POLÊMICA – Depois de quatro minutos de paralisação, para que possível impedimento de Rodrigo Dourado fosse confirmado pelo árbitro de video, a equipe técnica da CBF – Confederação Brasileira de Futebol – informou que um problema técnico no VAR não permitiu que o lance do gol fosse revisto. Diante disso, Flavio Rodrigues de Souza, árbitro da Federação Paulista e da FIFA, decidiu confirmar o gol, fazendo prevalecer a decisão de campo.

PROTESTO – Na volta do intervalo, jogadores e comissão técnica do Vasco se dirigiram ao árbitro, protestando com energia, contra a validação do gol, mas Flavio Rodrigues de Souza manteve a tranquilidade, pediu que todos retomassem seus lugares no banco de reservas, a fim de que pudesse reiniciar o jogo. Durante a entrevista coletiva, a que só os técnicos são obrigados a comparecer após o jogo, Vanderlei Luxemburgo revelou que “o Vasco pensou em não voltar para o segundo tempo”.

O PÊNALTI – O jogo teve reinício normal, com o Internacional mantendo o domínio, mas, em contra-ataque, o zagueiro argentino Victor Cuesta fez pênalti no atacante argentino German Cano, artilheiro do Vasco, que mandou fora com chute rasteiro. O Internacional chegou aos 2 x 0 nos acréscimos, aos 48 minutos, com o décimo sétimo gol de Tiago Galhardo, um dos artilheiros do Brasileiro. Oitava vitória do Inter como visitante em 18 jogos e sétima derrota do Vasco em 18 jogos em casa.

ANULAÇÃO – Revoltados, os dirigentes do Vasco só falavam em solicitar a anulação do jogo. O presidente Jorge Salgado foi bem enfático: “Já são 18 apitos contra o Vasco, uma disparidade desrespeitosa a qualquer outra equipe do campeonato. O Vasco vai requerer na justiça esportiva a anulação desse jogo”. Endossando as palavras do presidente Salgado, o vice-presidente de Comunicação, Danilo Bento, ressaltou: “O mínimo que podemos fazer é solicitar que o jogo seja anulado”.

REBAIXAMENTO – O Fortaleza perdeu em São Paulo para o Palmeiras (3 x 0), mas se manteve em décimo quinto com 41 pontos, quatro a mais que o Vasco, décimo sétimo com 37, que pode ser rebaixado no próximo domingo (21), se perder na Arena Corinthians, e o Bahia, décimo sexto com 38, vencer o Fortaleza na Arena Castelão. O Vasco também ainda sofre pressão do Goiás, décimo oitavo com 36 pontos, que ganhou sobrevida com os 2 x 0 no já rebaixado Botafogo.

CBF REBATE – Em seu site, a Confederação Brasileira de Futebol publicou nota em poucas linhas. No resumo, diz que “a Comissão Nacional de Arbitragem da CBF viu e reviu o lance algumas vezes e não constatou nenhum erro da arbitragem de campo”. O ex-árbitro Leonardo Gaciba, de 49 anos, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, não se pronunciou. Nos bastidores da CBF, a demissão dele é esperada para os próximos dias, talvez até antes do final do Brasileiro.

Foto: Lance!