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Portugal e Bélgica decidem neste último domingo (27) de junho, em Sevilha, quem jogará nas quartas de final da Eurocopa com a Itália, dos recordes de vitórias e de mais tempo sem sofrer gol, ao vencer a Áustria por 2 x 1, na prorrogação deste sábado (26), no estádio de Wembley. A Itália sofreu o gol da Áustria, na prorrogação, depois de 1.169 minutos, superando seu próprio recorde de 1.143 minutos, estabelecido entre 1972 e 1974. 

31 JOGOS – O outro recorde, tão expressivo quanto o de ficar 1.169 minutos sem sofrer gol, foi o de 31 jogos sem derrota – 26 vitórias, 5 empates -, superando a própria marca de 82 anos, quando se manteve invicta em 30 jogos sob o comando de Vittorio Pozzo, único técnico a ganhar duas vezes consecutivas a Copa do Mundo (1934-1938). Bom lembrar: o Brasil foi o segundo a ganhar duas Copas consecutivas, mas com Vicente Feola em 1958 e Aymoré Moreira em 1962.

12 CONSECUTIVAS – A Itália que Roberto Mancini, maior artilheiro da Sampdoria com 173 gols, assumiu após a Copa do Mundo de 2018, não apenas se mantém invicta em 31 jogos – 26 vitórias, 5 empates -, mas também conseguiu a décima segunda vitória consecutiva, ao vencer a Áustria por 2 x 1 na prorrogação do trigésimo sétimo jogo entre as seleções, com 17 vitórias da Itália, 8 empates e 12 vitórias da Áustria. 

DESDE 2020 – Pela primeira vez, desde o 0 x 0 de 11 de outubro de 2020 com a Polônia, na cidade polonesa de Gdansk, pela terceira rodada da Liga das Nações, a Itália deixou de fazer gol em um jogo, mesmo criando mais chances. 0 x 0 nos 90 minutos deste sábado (26), mas o goleiro Bachmann evitou com o pé o gol de Barella aos 17, e ficou parado vendo a bomba de Immobile, da entrada da área, explodir na trave aos 32, e fazer grande defesa em chute de Spinazzola aos 42.

PRORROGAÇÃO – A Itália voltou do intervalo com mais domínio, mas sem a pegada do gol, e só se impôs de vez na prorrogação. De canhota, Federico Chiesa fez 1 x 0 logo aos 5 minutos, marcando seu primeiro gol em quatro jogos na Eurocopa, e muito bom dizer, o primeiro da Itália, que, por incrível quanto pareça, não havia feito sequer um gol em dezoito prorrogações disputadas. A Áustria participou pela primeira vez de uma prorrogação.

O GOL 100 – Antes de Matteo Pessina marcar o centésimo gol da Eurocopa 2020 (sempre bom dizer: adiada para 2021, devido à pandemia), Lorenzo Insigne, em primorosa cobrança de falta, obrigou o bom goleiro austríaco Daniel Bachmann, que disputa o Campeonato Inglês pelo Watford, a fazer uma defesa portentosa no ângulo direito a escanteio. E então aos 15 minutos, em finalização de canhota, Pessina fez Itália 2 x 0. 

FIM DOS MINUTOS – Seleção valente, de bom porte físico, a Áustria foi corajosa até o fim e valorizou a vitória da Itália. O fim dos 1.159 minutos sem sofrer gol foi aos 13 do segundo tempo da prorrogação, quando o meia Schaub, da direita, bateu de canhota o escanteio, e o atacante Kalajdzic se agachou na pequena área, antecipando-se a Spinazzola para desviar de cabeça no canto esquerdo de Donnarumma, que disputará a temporada 2021-2022 pelo francês PSG.

DONNARUMMA, Di Lorenzo, Bonucci (cap), Acerbi e Spinazzolla; Barella (Matteo Pessina), Jorginho e Marco Verrati (Locatelli); Berardi (Chiesa), Ciro Immobile (Belotti) e Insigne (Cristante) – a invicta Itália, do técnico Roberto Mancini, que estará na próxima sexta (2) na Allianz Arena, em Munique, para as quartas de final com Bélgica, terceiro lugar da Copa do Mundo de 2018, ou Portugal, campeão da última Eurocopa em 2016, ao vencer (1 x 0) a França, em Paris. 

OS NÚMEROS – O árbitro inglês Anthony Taylor, com atuação correta, marcou 32 faltas (22 da Áustria); aplicou cinco cartões amarelos (três em austríacos), e anulou, com a confirmação do VAR, o gol de cabeça de Arnautovic, aos 20 do segundo tempo, por impedimento. Dos 27 chutes da Itália, 6 na direção do gol, e dos 15 da Áustria, 3. A Itália acertou 667 passes, com 87% de precisão, e a Áustria, 620, com 80% de precisão.

SEM PRECONCEITO – País de primeiro mundo, onde mais de 90% dos habitantes falam pelo menos três idiomas – austríaco, alemão e inglês -, a Áustria mostrou o quanto é um país evoluído, sem preconceito. Único negro do jogo, o lateral-esquerdo David Alaba foi escolhido capitão pelo técnico Franco Foda. Nascido na capital Viena, Alaba fez 29 anos na véspera do jogo (sexta, 24). Em doze anos no Bayern Munique, ganhou 10 vezes o Campeonato Alemão, e acaba de se transferir para o Real Madrid, que defenderá em 2021-2022. Alaba joga na seleção desde a categoria sub-17.

Fotos: Esporte R7 / Notícia ao Minuto / Futebol Interior / Folha PE / JM Madeira / Gazeta Esportiva / Mais Futebol IOL