VASCO E FLUMINENSE fazem na tarde deste sábado (16), no Estádio Nilton Santos, o jogo dos times dos escudos mais bonitos do futebol carioca, escolhidos entre os 100 clubes dos cinco continentes pela revista inglesa FourFourTwo, cujo nome é homenagem ao sistema 4-4-2, adotado pela maioria dos times, quando foi lançada no Reino Unido e em mais outros 16 idiomas. Os escudos da Chapecoense e do Palmeiras foram os outros escolhidos do futebol brasileiro.

O FUNDO PRETO do escudo do Vasco se refere aos mares não descobertos no Oriente, e a faixa branca, ao caminho das Índias, encontrado pelo navegador português Vasco da Gama. Na caravela está o símbolo conhecido como Cruz de Malta, em verdade, uma Cruz Patée ou Pátea. Ambas têm formas bem distintas, e o mais interessante é que a Cruz de Malta e a Cruz Pátea se referem à história da navegação portuguesa. O símbolo das embarcações que saíam pelos mares, para descobrir novos territórios, era, na verdade, a Cruz da Ordem de Cristo.

AS LETRAS CR e VG, na lateral esquerda e na parte de baixo do escudo, fazem alusão ao nome do clube, escolhido na época das comemorações do quarto centenário da descoberta do caminho das Índias, entre 1497 e 1498, durante o reinado do rei D. Manuel, pelo navegador e explorador português Vasco da Gama – 1469 – 1524 -, primeiro comandante a navegar da Europa à Índia, na mais longa viagem oceânica.

O ESCUDO DO FLUMINENSE foi criado desde a fundação do clube, em 21 de julho de 1902, embora tenha passado por diversas mudanças, desde o formato às cores. A escolha, com as iniciais do clube, foi feita por Oscar Cox (1880-1931), atacante do 1º título carioca (1906) e 1º presidente do clube (21/7/1902 e 15/12/1903), ao voltar de viagem à Europa. Poucos sabem, mas a primeira camisa não era tricolor, e sim bicolor, metade branca e a outra metade cinza.

O FLUMINENSE adotou o escudo com as iniciais FFC entrelaçadas, com as três cores – verde, grená e branco -, no interior do escudo, em 1905. O desenho das letras foi alterado em 1950, e o novo desenho do escudo, com linhas mais bem definidas, foi feito em 2002. Ao longo dos seus 121 anos, o Fluminense é um dos grandes do futebol brasileiro com menos mudanças no desenho do escudo, escolhido como um dos cem mais belos do mundo.

      VASCO E FLU COM OBJETIVOS BEM DIFERENTES

18º COM 16 PONTOS, o Vasco pode terminar a 23ª rodada a 2 pontos do Santos, 16º com 21, depois de ter sido beneficiado pela derrota, em casa, do Santos, para o Cruzeiro (3 x 0); pela derrota, em casa, do Coritiba para o Bahia (4 x 2), e do 2 x 2 da noite desta 6ª feira (15) do Cuiabá com o América Mineiro, 20º com 14 pontos, com o Cuiabá Se o América houvesse vencido, teria se igualado ao Vasco em pontos (19) e em vitórias (4).

O VASCO NÃO CONTA com o zagueiro chileno Medel e com o meia Jair, suspensos, mas terá o retorno do volante Zé Gabriel, após suspensão. O meia Payet pode iniciar, depois de entrar e se sair bem no 2º tempo do 1 x 1 com o Bahia. O técnico argentino Ramon Diaz não anunciou o time, mas o mais provável será com Leo Jardim, Robson, Maicon, Leo e Piton; Zé Gabriel, Paulinho e Praxedes; Rossi, Pablo Vegetti e Serginho (Payet). O Vasco venceu o clássico pela última vez em 20/7/2019 por 2 x 1. Desde então, 4 vitórias do Fluminense e 4 empates.

6º COM 38 PONTOS, o Fluminense, se vencer, sobe três posições e termina a rodada em 3º, ultrapassando Bragantino (5º com 39), Flamengo (4º com 39) e Grêmio (3º com 39). O Fluminense não conta com o lateral-direito Samuel Xavier e com o meia Ganso, com dores no joelho, nem com o técnico Fernando Diniz, outra vez suspenso. O time: Fabio, Guga, Nino, Felipe Melo e Diogo Barbosa (Marcelo); André, Alexsander e Keno; Arias, Cano e Kennedy.

A ARBITRAGEM de Vasco x Fluminense é da Federação Paulista: Raphael Claus terá como assistentes Danilo Manis e Neuza Inês Back. A árbitra de vídeo é Daiane Muniz. O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, estará no estádio Nilton Santos para acompanhar de perto a operação do jogo, depois de ter sido figura importante na liberação da volta dos torcedores ao estádio de São Januário.

Fotos: Divulgação