L’Equipe, o mais prestigioso jornal esportivo da França, que em 1981 promoveu a festa do Atleta do Século, em homenagem a Pelé, escolheu um título especial na capa de sua edição desta quarta-feira, 3 de outubro de 2018, para exaltar a atuação de Neymar, após os três gols marcados pelo atacante, nos 6 x 1 sobre o Estrela Vermelha, na segunda rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
“Des Étoiles plein les yeux” – em português, O Brilho dos olhos da estrela – recordando o sucesso da comédia-romance americana, dirigida por Forest Whitaker, lançada na França em abril de 2005, sob o título A filha do presidente, com Katie Holmes desempenhando o papel de Samantha Mackenzie. Foi um dos grandes sucessos de bilheteria da 20th Century Fox. Os três gols de Neymar mereceram também muito destaque nos comentários dos analistas parisienses.
BOLA NO MUSEU – Neymar prepara espaço especial no museu em que guarda as principais lembranças de sua carreira, agora para a bola do jogo histórico em que marcou seu primeiro hat-trick com a camisa do PSG. Quando fizer mais dois gols, ele também vai pedir a bola do jogo, como aconteceu hoje (3 de outubro), porque passará a ser o brasileiro com mais gols na Liga dos Campeões, superando Kaká (30), com quem empatou, e Rivado (31).
NEYMAR completou 38 gols em 40 jogos com a camisa do PSG, e chegou aos 30 gols na Liga dos Campeões, com 9 marcados pelo campeão francês e 31 pelo Barcelona, que defendeu de 2013 a 2017, com 105 gols em 186 jogos. Não foi sua melhor marca, de vez que nos quatro anos anteriores, com a camisa do Santos, fez 138 gols em 230 jogos, de 2009 a 2013.
EM COMPARAÇÃO a Kaká, que marcou na carreira 209 gols em 660 jogos, Neymar diz sentir orgulho de saber que o ex-meia do São Paulo, Milan e Real Madrid, foi o último brasileiro a ganhar, em 2007, o prêmio de melhor do mundo da Fifa.
SOBRE o ex-meia Rivaldo – 456 gols em 868 jogos – em 25 anos de carreira, iniciada em 90 no Santa Cruz e concluída em 2015 no Mogi Mirim, Neymar diz que se trata de um exemplo porque Rivaldo jogou dez anos na seleção, marcou 37 gols em 74 jogos e foi um dos destaques da última Copa que o Brasil ganhou em 2002.
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THOMAS TUCHEL, técnico alemão do PSG, ex-zagueiro, 45 anos, primeira temporada dos dois anos de contrato, completou apenas 11 jogos nesta quarta (3) no comando do time francês, depois de ter sido contratado para substituir o espanhol Unai Emery, hoje treinador do Arsenal, de Londres. Ele conversou com Neymar, após o jogo, depois de tê-lo substituído, aos 37 do segundo tempo, pelo meia alemão Julian Draxler.
NEYMAR disse que Tuchel é muito bom de diálogo e não questionou a decisão dele de tirá-lo do jogo: “Eu é que sou fominha e quero sempre ficar até o fim” – resumiu o atacante. O que Neymar espera é repetir o feito desta noite, embora ressaltando que “o mais importante é a vitória da equipe”, dentro de três semanas quando o PSG voltará a lotar os 50 mil lugares do Parque dos Príncipes para o terceiro jogo da Liga com os italianos do Napoli.
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