A decisão desta segunda (13) da juíza Bianca Ferreira Nígri, da primeira Vara Cível, de manter a pensão provisória de 10 mil reais que o Flamengo paga por mês aos três jovens sobreviventes da tragédia de 8 de fevereiro de 2019,  é sinal de luz no fim do túnel. A medida de estender o pagamento de igual valor, a cada responsável dos outros dez mortos no pavoroso incêndio, também demonstra que a justiça continua pressionando o clube.

SEM DÚVIDA – A perícia revelou que as chamas do pavilhão incendiado foram provocadas por um curto-circuito no aparelho de ar-condicionado de um dos quartos. A inspeção constatou também que os jogadores da base do Flamengo dormiam em contêineres inadequados e de fácil corrosão. O fogo se alastrou e apenas três conseguiram escapar, mas com ferimentos graves, que exigiram internação de alguns dias em hospital.

SEM DEMORA – Além de manter a decisão que obriga o clube ao pagamento, a juíza Bianca Ferreira Nígri decidiu também por uma audiência de conciliação, tão logo esteja superado o problema do novo coronavírus. Devem comparecer representantes da Defensoria Pública, do Ministério Público e do Flamengo. Desta vez, espera-se que o presidente do clube esteja presente, o que não aconteceu em duas sessões na Assembleia Legislativa. O presidente é a figura máxima do clube e tem que enfrentar a gravidade do problema, de frente, olho no olho. O Flamengo é um clube que faz história pela coragem, nunca pelo medo.

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