O PRESIDENTE do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Otávio Noronha, julga hoje (16) o pedido do procurador-geral Ronaldo Piacente, de suspensão de oito envolvidos na Operação Penalidade Máxima, em casos de manipulação de resultados de jogos. O nono deve ser Nino Paraíba, de 37 anos, lateral-direito que teve o contrato rescindido ontem (15) pelo América Mineiro, após ser citado em conversa investigada pelo Ministério Público de Goiás.

O ZAGUEIRO gaúcho Eduardo Bauermann, de 27 anos, afastado pelo Santos há uma semana, ex-Internacional, Náutico, Atlético Goianiense, Figueirense, Paraná e América Mineiro, foi também da seleção brasileira sub-17 e sub-20, e está, sendo as apurações, entre os mais implicados no processo de manipulação de resultados. Outro zagueiro, Paulo Miranda, paulistano que jogou até depois dos 40 anos, hoje aos 49, sem clube, pediu para sair do Náutico, quando se viu envolvido

OUTRO ZAGUEIRO, Kevin Lomónaco, argentino de 21 anos, do Bragantino, disse que aceitou promessa de R$70 mil para ser advertido com cartão amarelo no jogo com o América, mas os golpistas fizeram depósito de R$30 mil em sua conta e não cumpriram o restante. O lateral Onitlasi Moraes, goiano de 25 anos, emprestado pelo Juventude ao Atlético Goianiense, que o repassou ao Aparecidense, da Série C, confessou ter recebido R$25 mil “porque estava precisando”.

O LATERAL IGOR CARIÚS, cearense de 30 anos, do Sport Club Recife, único da Série B na Copa do Brasil, foi suspenso preventivamente por ter recebido R$5 mil da máfia das apostas, quando ainda jogava pelo Cuiabá. O Ypiranga, de Erechim, rescindiu o contrato do meia paulista Gabriel Tota, de 21 anos, emprestado pelo Juventude. Ele disse que não se lembrava de depósito de R$70 mil em sua conta.

                       CORINTHIANS, MULTA PESADA E PERDA DE PONTOS

OS CANTOS HOMOFÓBICOS dos torcedores do Corinthians contra os jogadores do São Paulo, durante o 1 x 1 de domingo (14), na Arena Corinthians, podem levar o clube à perda de pontos e multa de até R$100 mil, como prevê o Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol. O clube repudiou com veemência em nota, mas a denúncia será apresentada assim que o procurador-geral Ronaldo Piacente, do STJD, receber a súmula do jogo.

A SITUAÇÃO DO CLUBE se torna ainda mais grave porque depois que o árbitro Bruno Arleu Araújo, da Federação do Rio de Janeiro, paralisou o jogo por quatro minutos, aos 10 minutos do 2º tempo, a maioria dos torcedores continuou entoando os cantos homofóbicos, mesmo com o apelo do clube, através do sistema de som da Arena Corinthians. Os torcedores: “Dessa bicharada temos que ganhar. Vamos pra cima da bicharada, Corinthians”.

Foto: NE45