O Liverpool aumentou para 19 pontos a vantagem sobre o Manchester City, atual bicampeão, com os 2 x 0 desta quarta (29) sobre o West Ham, em jogo adiado da décima oitava rodada, devido ao Mundial de clubes. Bom dizer: depois do título no Catar, com a vitória sobre o campeão da Libertadores, o campeão europeu e mundial  pode ganhar o Campeonato Inglês 2019-2020, faltando seis rodadas, batendo o recorde do Flamengo, campeão brasileiro com quatro rodadas de antecedência. O Liverpool, líder e único invicto, tem 70 pontos. O Manchester City, 51.

AVASSALADOR – O Liverpool chegou à décima quinta vitória consecutiva com os 2 x 0 desta quarta (29), no Estádio Olímpico de Londres, sobre o West Ham, que sofreu a décima terceira derrota, tem 23 pontos, saldo negativo de 13 gols (27 a 40) e se aproxima do rebaixamento. Foi a vigésima terceira vitória do Liverpool em 24 jogos, enquanto o vice-lider Manchester City tem 51 pontos, com menos sete vitórias, cinco derrotas sofridas e três empates. A única vantagem do City é a do ataque mais positivo (65), com mais nove gols que o do Liverpool (56).

EGIPCIO BRILHOU – Mesmo sem o senegalês Mané, que aumenta a velocidade do time, o Liverpool imprimiu ritmo intenso e marcou um gol em cada tempo, com atuação brilhante do egípcio Mohamed Salah. Ele converteu o pênalti que o belga Divock Origi sofreu do zagueiro francês Issa Diop, de 23 anos, 1,94m, aos 35 minutos, e no segundo tempo puxou o contra-ataque superveloz para o meia inglês Oxalade-Chamberlain fazer o segundo gol aos 7 minutos. Salah quase marcou o terceiro gol aos 32, ao acertar a trave em chute da entrada da área.

TRÊS BRASILEIROS – Sem o uniforme todo vermelho habitual, o Liverpool jogou de azul claro e contou com três brasileiros: o goleiro Alisson e o atacante Firmino, e o meia Fabinho, que substituiu o belga Divock Origi aos 25 do segundo tempo. Os líderes invictos: Alisson, Alexander-Arnold (Naby Keita, 34 do segundo tempo), Joe Gomez, Van Dijk e Robertson; Wijnaldum, Henderson e Oxalade-Chamberlain (Jones, 40 do segundo tempo); Salah, Firmino e Divock Origi (Fabinho, 25 do segundo tempo). Técnico – Jurgen Klopp, alemão de 52 anos.

QUASE 500 – O Liverpool envolveu o West Ham de tal forma, que trocou mais 496 passes – 734 a 238 -, ao exercer amplo domínio. Houve equilíbrio nas faltas – cada time cometeu seis – e o árbitro Jonathan Moss, de 49 anos, integrante do grupo seleto da Premier League desde 2011, só advertiu dois do West Ham com cartão amarelo: o zagueiro francês Issa Diop, pelo pênalti, e o volante inglês Mark Noble, por falta em Salah.

VARIÁVEL – A capacidade do Estádio Olímpico de Londres varia de acordo com o evento, podendo ter de 57 mil a 86 mil, recorde registrado em 11 de agosto de 2012, na final dos Jogos Olímpicos, em que o México venceu (2 x 1) o Brasil, com o gol mais rápido até hoje no estádio, marcado por Oribe Peralta aos 30 segundos. Nesta quarta (29), em West Ham 0 x 2 Liverpool, 59.959 pagantes. O estádio também sedia jogos de rugby e provas de atletismo, além de ter centro de convenções para negócios, festas (inclusive de casamento) e palestras.

CAMPEÕES DO MUNDO – Clube tradicional da região leste de Londres, fundado no mesmo ano do Flamengo (1895), o West Ham FC nunca foi campeão inglês da Série A, ganhando só dois títulos da Série B, em 1957-58 e 1980-81, mas tem o orgulho de exibir à frente de seu estádio as estátuas, em tamanho natural, dos três jogadores que cedeu à seleção para o único título mundial que a Inglaterra ganhou em 1966.

UM DOS CAMPEÕES do mundo saídos do West Ham, Bobby Moore fez pelo time 25 gols em 544 jogos, de 58 a 74, e pela seleção, 22 gols em 108 jogos, de 62 a 73, sendo o capitão no histórico Brasil 1 x 0 Inglaterra da Copa de 70. Outros destaques, o ponta Martin Peters, e Geoffrey Hurst, único na história das Copas do Mundo a fazer três gols em uma final, nos 4 x 2 sobre a Alemanha, quando a Inglaterra foi campeã pela única vez em 1966.

Foto: AS