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Na sétima decisão da Liga dos Campeões da Europa, entre equipes do mesmo país, Manchester City e Chelsea farão a segunda final inglesa, dia 29, no Estádio Olímpico de Istambul, maior cidade da Turquia e quarta maior do mundo, com o Manchester City pelo título inédito, e o Chelsea, em sua terceira final, podendo voltar a ser campeão depois de nove anos. Só houve duas decisões consecutivas entre equipes do mesmo país, em que o Real Madrid venceu o Atlético de Madrid em 2013-14 e 2015-16.

SUPERIOR – O Chelsea foi superior ao Real Madrid, no 1 x 1 em Madrid, em que esteve mais perto da vitória, e nos 2 x 0 da noite desta quarta (5), em seu estádio Stamford Bridge, em Londres, onde poderia ter goleado se soubesse aproveitar as chances. Quase sobre a linha do gol, o alemão Timo Werner fez 1 x 0, de cabeça, aos 28, depois que o goleiro foi encoberto e a bola voltou do travessão, e aos 40 do segundo tempo, o inglês Mason Mount fez o segundo gol após cruzamento rasteiro de Pulisic.

NOVE ANOS – O Chelsea volta a ser finalista depois de nove anos, quando ganhou a Champions pela única vez, em 19 de maio de 2012, vencendo o Bayern por 4 x 3 nos pênaltis, após 1 x 1, em Munique. O zagueiro paulista David Luiz, então titular da seleção brasileira, era o único sul-americano da equipe inglesa dirigida pelo italiano Roberto di Matteo. O Chelsea perdeu a primeira final inglesa para o Manchester United por 6 x 5 nos pênaltis, após 1 x 1, em Moscou, em 2008.

TABU MANTIDO – Ao ganhar do Real Madrid por 2 x 0, o técnico alemão Thomas Tuchel, de 47 anos, manteve a invencibilidade em oito jogos com equipes da Espanha – 4 vitórias, 4 empates -, e está pelo segundo ano consecutivo na decisão da Champions, que perdeu em 2020 para o Bayern por 1 x 0 em Lisboa. Logo após o jogo desta quarta (5), em Londres, Tuchel abraçou Thiago Silva, a quem sempre se refere com elogios: “Além da boa técnica, exerce muita liderança sobre os companheiros”.

IRRECONHECÍVEL – Único treinador com três títulos consecutivos da Champions, em 2015-16-17, o francês Zidane, de 48 anos, não foi poupado pela eliminação do Real Madrid. Marca, o principal jornal esportivo de Madrid, destacou: “Zidane se equivocou na hora de montar a equipe, apostando em esquema e jogadores que não funcionaram. O 3-5-2, com Vinícius Junior de ala, fracassou desde o primeiro minuto. O Chelsea passou por cima do irreconhecível Real Madrid de Zidane”.

MUITO INTENSO – Para o técnico do Chelsea, o time mostrou preparo para o ritmo muito intenso que manteve do início ao fim: “A chance era única de chegarmos à decisão e não poderíamos deixar que escapasse” – disse, resumindo o que conversou com os jogadores após o 1 x 1 do jogo em Madrid. Enquanto Tuchel, ao completar 100 dias à frente do Chelsea, está na segunda final consecutiva, Zidane não conseguiu o quarto título para aumentar seu recorde.

ÉDOUARD MENDY, todo de verde, Christenssen, Thiago Silva e Rudiger; Azpilicueta (c) (James), Kanté, Jorginho e Chiwell; Mount (Ziyech), Timo Werner (Pulisic) e Havertz (Giroud) – o Chelsea finalista da Liga dos Campeões, só com o goleiro de luvas, em noite de sete graus de temperatura no Stamford Bridge, um dos estádios mais antigos do mundo (1887), localizado na região central de Londres, periodicamente renovado e atualmente com capacidade para 41 mil espectadores.

THIBAUT COURTOIS, todo de rosa-choque, Nacho, Eder Militão, Sergio Ramos (c) e Ferland Mendy (Valverde); Luka Modric, Casemiro (Rodrygo) e Kroos; Eden Hazard (Mariano Diaz), Benzema e Vinicius Junior (Asensio) – o Real Madrid, maior campeão da Liga dos Campeões com 13 títulos, que não conseguiu ser finalista pela décima sétima vez. Dos quatro brasileiros, Eder Militão foi o único que não jogou de luvas.

OITO CARTÕES – Excelente atuação de Daniele Orsato, de 45 anos, árbitro da Federação Italiana de Futebol desde 2004 e um dos mais reconhecidos pela Fifa desde 2006. Aplicou quatro cartões amarelos no primeiro tempo, em Havertz, Jorginho e Christenssen, do Chelsea, e no capitão Sergio Ramos, e outros quatro no segundo tempo, em Nacho, Kross e Valverde, do Real Madrid, e Mason Mount. Das 30 faltas, 18 cometidas pelo Chelsea.