Escolha uma Página

DEPOIS DE ELIMINAR Bélgica, Espanha e Portugal, Marrocos pode colocar a África em final inédita da Copa do Mundo de 2022, com Argentina ou Croácia, desde que vença a campeã França na semifinal de 4ª feira (14). Marrocos superou Camarões, Senegal e Gana, que conseguiram chegar às quartas de final em 1990, 2002 e 2010. 

O GOL DE MARROCOS 1 x 0 Portugal, diante de 44.198 espectadores, na noite deste sábado (10), no Estádio Al Thumama, foi marcado de cabeça pelo atacante Youssef en-Nesyri, de 25 anos, após cruzamento do ponta Attiyat Allah. Ele se antecipou ao zagueiro Ruben Dias e ao goleiro Diogo Costa, que se chocaram, e o gol ficou vazio.

DEPOIS DO 0 x 0 na estreia com a Croácia, vice-campeã do mundo, que poderá voltar a enfrentar na decisão do próximo dia 18, Marrocos venceu a Bélgica (2 x 0); o Canadá (2 x 1); a Espanha, nos pênaltis, por 3 x 0, após 0 x 0 em 120 minutos, e Portugal. O único gol sofrido foi contra, do zagueiro Aguerd, que joga no West Ham.

AS SELEÇÕES DAS MAIORES goleadas da Copa de 2022 – Espanha 7 x 0 Costa Rica e Portugal 6 x 1 Suíça – não conseguiram fazer gol na defesa de Marrocos, em que se sobressai Bono, goleiro de 31 anos, 1,95m, do Sevilha. Ele nasceu no Canadá e se mudou com a família, aos oito anos, para Casablanca, maior cidade do Marrocos.

“NEM QUERO ACREDITAR que estamos na semifinal” – resumiu o técnico Walid Regragui, de 47 anos, nascido na França, ex-lateral do Toulouse, Ajaccio e Racing de Santander, acrescentando: “Taticamente somos muito bons, temos jogadores de bom nível técnico e temos sorte também”.

MARROCOS 1 x 0 PORTUGAL foi apitado pelo argentino Facundo Tello, que repetiu as boas atuações de Coreia do Sul 2 x 1 Portugal e Suíça 1 x 0 Camarões. Ele marcou 24 faltas (9 de Portugal) e expulsou o meia Cheddira, após o segundo cartão amarelo, por falta dura. Ele é italiano, natural de Ancona, e joga no Bari, da Série B.

A SEXTA COPA DE MARROCOS

DEPOIS DE ELIMINADO na fase de grupos de 1970, ao perder para Alemanha (2 x 1), Peru (3 x 0) e 1 x 1 com a Bulgária, Marrocos só voltou à Copa em 1986, e foi o primeiro africano a ganhar o Grupo F: 0 x 0 com Polônia e Inglaterra, e 3 x 1 em Portugal, sendo eliminado nas oitavas de final pela Alemanha (1 x 0).

MARROCOS fez má campanha na Copa de 94, última com 24 seleções, eliminado na fase de grupos: 0 x 1 Bélgica, 1 x 2 Arábia Saudita e 1 x 2 Holanda. Em 98, primeira Copa com 32 seleções, 2 x 2 com a Noruega, 0 x 3 com a Escócia e o Brasil, saindo na fase de grupos, mas primeiro africano no ranking da Fifa, em 10º.

NA COPA DE 2018, Marrocos voltou a ser eliminado na fase de grupos: 0 x 1 com Irã e Portugal, e 2 x 2 com Espanha, e agora, em 2022, na última Copa com 32 seleções, pode ser até finalista, depois de eliminar Portugal nas quartas de final e de entrar com tudo nas semifinais com a França.

A COPA AFRICANA DE NAÇÕES de 1976 é a maior conquista de Marrocos, regido pela Federação Real Marroquina de Futebol, que reconhece como seu principal jogador de todos os tempos o atacante Mustapha Radji, com 19 gols em 63 jogos, que disputou as Copas de 94 e 98. 

MARROCOS é um país montanhoso do Norte da África, banhado pelo Oceano Atlântico e pelo Mar Mediterrâneo, que se distingue pela cultura árabe e europeia. O lema é Allah (Deus), al Watan (a Pátria) e al Malk (o Rei). Marrocos sempre enfrentou o domínio estrangeiro e nunca foi ocupado pelo império otamano.

MOHAMMED VI, de 59 anos, rei de Marrocos desde 1999, quando lhe  morreu o pai, exerce muitos poderes, especialmente sobre os militares, a política externa e os assuntos religiosos, com predomínio do islamismo. O nome Marrocos é derivado da cidade de Marraquexe (Terra de Deus), que foi sua capital. 

MARROCOS ganhou ainda mais projeção mundial, a partir de 1942, com o filme Casablanca, do gênero drama romântico, dos maiores da história do cinema dos Estados Unidos, estrelado pelo norte-americano Humprey Bogart e pela bela atriz sueca Ingrid Bergman. O filme foi premiado com o Oscar de 1944.

Fotos: R& esportes, UOL e Lance