Com a vitória do Lyon sobre o Manchester City por 3 x 1, na noite deste sábado (15), no estádio José Alvalade, do Sporting de Lisboa, a final da edição 64 da Champions League, dia 23, pela primeira vez sem times da Itália, Espanha e Inglaterra, desde 1990-1991, premiará o melhor futebol do mundo nas duas últimas Copas: Alemanha, campeã em 2014 no Brasil, e França, campeã em 2018 na Rússia. O PSG é favorito na semi de terça (18) com o Leipzig, e o Bayern, na semi de quarta (19) com o Lyon.
BRASILEIROS – O Paris Saint Germain, do técnico alemão Thomas Tuchel, está de volta à semifinal depois de 15 anos, outra vez com três brasileiros titulares – Tiago Silva, Marquinhos e Neymar -, como em 1994-1995, quando Ricardo Gomes, Valdo e Raí eram figuras importantes do time que perdeu para o Milan, que por sua vez perderia a final para o holandês Ajax. No jogo de terça (18), o heptacampeão francês terá a volta do argentino Ángel Di Maria, que estava suspenso.
PRIMEIRA VEZ – Em sua melhor campanha na temporada 2019-2020, o Leipzig – fundado há apenas 11 anos – disputará pela primeira vez a semifinal, credenciado pelo terceiro lugar no Campeonato Alemão e por ter eliminado o Atlético de Madrid, três vezes finalista, e com uma equipe bem mais cara e experiente. Discreto, o técnico Julian Nagelsmann prefere dizer que seu time, sem brasileiro, manterá a aplicação, e reconhece que o PSG merece mesmo as honras de favorito.
SUPERFAVORITO – A credencial de oito títulos consecutivos de campeão alemão ficou até em segundo plano na campanha do Bayern Munique, agora superfavorito a ganhar a Champions pela sexta vez, depois do estrondoso 8 x 2 no Barcelona. Com Neuer, o melhor goleiro do mundo, e Thomas Muller e Lewandowski- artilheiro da Champions –, oBayernpassou a ter 86% de chances de ser finalista e 58% de ser campeão. Bom lembrar: o Bayern foi campeão em 74-75-76, 2001 e 2013.
10 ANOS DEPOIS – Lyon e Bayern voltarão a se enfrentar em semifinal, na próxima quarta (19), dez anos depois dos dois únicos jogos que disputaram em 2009-2010, com vitórias de 1 x 0 e 3 x 0 do time alemão, derrotado (2 x 0, gols do argentino Diego Milito) na final, em 22 de maio, em Madrid, pela Inter de Milão, que na outra semifinal havia eliminado o Barcelona (3 x 1 e 0 x 1). Bom dizer: o Bayern ganhou em 2019-2020 o oitavo Campeonato Alemão consecutivo, e o Lyon ficou em sétimo no Francês.
GUARDIOLA – Depois do bicampeonato inglês 2017-18 e 2018-19, o técnico espanhol do Manchester City não conseguiu repetir o êxito em 2019-2020, perdendo o título para o Liverpool. O mesmo aconteceu na Champions, que Josep Guardiola ganhou em 2010-2011 com o Barcelona, mas não chegou à semifinal em 2019-2020, eliminado neste sábado (15) pelo Lyon. Guardiola está fora das semifinais desde 2015-2016, e agora é reestruturar o elenco do City para recuperar os títulos em 2020-2021.
O GOLEIRO – Reserva de Allisson na seleção, em que só atuou em nove jogos, o paulista Ederson, de 26 anos, 1,88m, é titular do City desde julho de 2017, comprado por 40 milhões de euros do Benfica. Na derrota para o Lyon, ele falhou em dois dos três gols. No primeiro, aos 24, marcado por Maxwell Cornet, ao sair indeciso do gol, e no terceiro, aos 43 do segundo tempo, ao rebater a bola nos pés de Moussa Dembélé. No segundo gol do Lyon, em chute de Dembélé, a bola passou-lhe entre as pernas.
SEMIFINALISTAS – Com três brasileiros titulares – os zagueiros Marcelo e Marçal, e o meia Bruno Guimarães, único substituído -, o Lyon passou à semifinal com Anthony Lopes, Denayer, Marcelo e Marçal; Dubois (Tete), Caqueret, Bruno Guimarães (Tiago Mendes), Aouar e Cornet; Ekamby (Reine-Adelaide) e Depay (Moussa Dembélé). Técnico – Rudi Garcia, francês de 56 anos.
MANCHESTER CITY -Ederson, Fernandinho (Mahrez), Laporte e Eric Garcia; Walker, Rodri (David Silva), Gundogan, De Bruyne e João Cancelo; Gabriel Jesus e Sterling, que perdeu o gol mais incrível, livre na pequena área, chutando por cima, quando estava 2 x 1). Uma das razões que levaram Guardiola a resumir: “Dominamos, mas perdemos o jogo nos detalhes”. Ao ser substituído, o zagueiro paranaense Fernandinho, de 35 anos, no clube desde 2013, passou a braçadeira de capitão para o belga De Bruyne.
QUATRO CARTÕES – Mais uma arbitragem firme na Champions, a de Danny Makkelie, de 37 anos, natural de Willemstad, cidade portuária de Curaçao, antiga Antilhas Holandesas, onde é policial federal. FIFA desde 2011, Makkelie aplicou cartões amarelos em Dubois, do Lyon, e em Rodri, Fernandinho e Gabriel Jesus.
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