À medida que se passam os dias e os problemas do novo coronavírus só aumentam, torna-se cada vez mais difícil a bola voltar a rolar, em nível mundial, em 2020. A declaração de ontem (13) do etíope Tedros Ghebreyesus, de 55 anos, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que “a Covid-19 é mil vezes pior que o HIV, vírus da Aids“, é um banho de água gelada no otimismo dos que pensam no reinício dos campeonatos.
SEM PÚBLICO – A Itália, inicialmente o mais atingido pela epidemia, e a França, que mantém o rigor no isolamento social, foram os primeiros a ter pouca esperança. Agora, admitem que a previsão mais otimista é o recomeço sem público, o que mexe com a paixão dos torcedores, insatisfeitos com a ideia de que os campeonatos terminem em estádios vazios. A decisão pode, e deve, se estender à Alemanha, Inglaterra, Espanha e Portugal.
JOGADORES – Pode até parecer simples que os torcedores, ainda que à distância, representem a maior ameaça. E o contato dos jogadores, impossível de ser evitado? Os dirigentes, de todos os níveis e de todos os poderes – Federações, Confederações etc, etc – precisam, antes de tudo, do aval das autoridades sanitárias. O recomeço pode ter o mesmo efeito da emenda, quase sempre pior que o soneto. Melhor é pensar bem, antes de decidir.
Foto: Smith Collection/GADO