O Náutico ganhou o Campeonato Pernambucano de 2021, ao vencer neste domingo (23) o Sport Club Recife por 5 x 3, nos pênaltis, após 1 x 1 nos 90 minutos, no estádio dos Aflitos, com os gols no segundo tempo. Kieza fez o do Náutico aos 32 e Mikael empatou aos 43, em jogo tenso, com nove cartões amarelos, 5 em jogadores do Sport, que no final cercaram o árbitro paranaense Rodolpho Toski Marques e saíram de campo lacrimejando com o gás de pimenta que lhes foi atirado pelos PMs.

DEZENOVE VEZES – Náutico e Sport decidiram pela décima nona vez, e a última que o Náutico venceu foi em 21 de julho de 1968 por 1 x 0, gol do atacante Reinaldo Ramos, revelado na base do Vasco. Foi o gol mais importante da história do Náutico porque valeu o inédito hexacampeonato pernambucano, iniciado em 1963. Neste domingo, 23 de maio de 2021, os pênaltis do Náutico foram convertidos Jean Carlos, Vinícius, Hereda e Kieza, e os do Sport por Maidana, Mikael e Trellez. Marquinhos mandou fora.

VAR TUMULTUOU – A série de pênaltis estava em 3 x 3, quando o goleiro Mailson, do Sport, defendeu a cobrança de Giovanny, mas o árbitro foi alertado pelo VAR de que o goleiro havia saído antes e mandou repetir, colocando o Náutico em vantagem. A seguir, Marquinhos chutou por cima a quarta cobrança do Sport e Kieza converteu a quinta do Náutico. A tensão cresceu após o jogo, e ao cercarem o árbitro, os jogadores do Sport foram afastados pelos PMs com gás de pimenta. 

OS CAMPEÕES – Alex Alves, Hereda, Camutanga (Ronaldo Alves), Wagner Leonardo e Bryan; Rhaldney (Marciel), Djavan (Mateus Trindade) e Jean Carlos; Erick (Giovanny), Kieza e Vinícius – o time do mineiro Helio dos Anjos, de 63 anos, ex-goleiro, e técnico desde 85 no Joinvile, agora em seu terceira passagem pelo Náutico, campeão em 93, 2006 e 2021. Bom lembrar: ele foi terceiro goleiro do Flamengo, reserva de Raul e Cantarele, no tri 78-79-79 (especial) e campeão brasileiro em 80. 

MANAUS, 4 TÍTULOS EM 8 ANOS – Duas semanas depois de completar oito anos de fundação, (5 de maio de 2013), o Manaus F.C. ganhou o quarto título de campeão amazonense, ao vencer o São Raimundo por 3 x 2, na Arena da Amazônia, orgulho do Norte e sede da Copa do Mundo 2014. Rossíni e Tiago fizeram os gols do São Raimundo, e Diego Rosa, Gabriel Davis e o zagueiro Marcio Passos, capitão do time, marcou o da virada aos 51 do segundo tempo, com belo chute de fora de área. 

OS CAMPEÕES – Gleibson, Edvan (Igor), Luis Fernando, Marcio Passos e Assis (Dudu); Vinícius, Gabriel Davis (Douglas Lima) e Erivelton (Marcelinho); Anderson (Philip), Diego Rosa e Vanilson – o time do técnico Luizinho Lopes, ex-meia, norte-riograndense de Pau dos Ferros, a 390 km da capital Natal. O nome do clube homenageia a capital do estado, e as cores verde, branco e preto representam a floresta amazônica, a paz e a ausência da combinação de cores entre os outros clubes da cidade, tipo o Fast, que também é tricolor, com camisa igual à do São Paulo, em verde, vermelho e branco.

A VIRADA DO PAPÃO – O Paysandu goleou a Tuna Luso por 4 x 1, de virada, na tarde deste domingo (23), no estádio da Curuzu, e se consolidou como o maior campeão paraense, com 49 títulos, mais três que o arquirrival Clube do Remo. O destaque foi Gabriel Barbosa, atacante de 22 anos, 1,95m, goiano de Anápolis, que já jogou no Palmeiras, no chinês Shandong Luneng e no italiano Spal de Ferrara. Ele entrou aos 18 do segundo tempo e fez três gols em 14 minutos, aos 20, 31 e 34. 

OS CAMPEÕES – O gol da Tuna foi de Paulo Rangel, de pênalti, aos 7, mas o Paysandu empatou com Igor Goularte aos 15, substituído por Gabriel Barbosa, destaque dos campeões: Victor Souza, Israel, Alisson, Perema e Bruno Collaço, capitão do time, que recebeu a taça do presidente da CBF, convidado do governo paraense; Denilson, Paulinho, Marlon e Ratinho; Igor Goularte (Gabriel Barbosa) e Nicolás – o azul e branco que disputou a final de preto. Técnico – Wilton Bezerra, pernambucano de 41 anos.

BOM DIZER – O Paysandu Sport Club é chamado de Papão pelos títulos, e Curuzu é o bairro, de classe média de seu estádio, onde foi campeão da Série B, em 1991 e 2001. Na entrada do estádio há uma estátua, em tamanho natural a Waldir Cardoso Lebrego (Quarentinha), que sucedeu o pai como artilheiro do time, e saiu de Belém para brilhar no famoso ataque do Botafogo, Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. Foi três anos consecutivos artilheiro do Campeonato Carioca (58-59-60).