A SEIS MESES DOS 32 ANOS, Neymar está iniciando o caminho do ocaso na Arábia Saudita. Seis anos depois de viver o auge da carreira, ele não passou de nono, na disputa do prêmio de melhor do mundo, enquanto Messi, de quem foi coadjuvante de luxo no Barcelona, subia cinco vezes ao palco para receber a Bola de Ouro. O PSG pagou a multa de 222 milhões de euros, quase R$1 bilhão em 2017, e agora, em 2023, não conseguiu sequer 10%, para vendê-lo ao Al-Hilal. 

O PRESIDENTE do Barcelona resumiu bem, quando Messi não quis voltar e optou pelos milhões de dólares do Inter de Miami, ao dizer que “ele não quer mais competir, prefere jogar por lazer e pelo dinheiro”. A ideia de tantos outros, depois dos 30, é praticamente igual, tal como fizeram Cristiano Ronaldo e Karim Benzema, que seguiram o caminho do ocaso, o mesmo que agora Neymar está iniciando na Arábia Saudita. 

NEYMAR SAIU MAL do Santos, em maio de 2013, com o valor da venda ao Barcelona indefinido e o Real Madrid tendo proposta maior recusada, o que levou a justiça espanhola a investigar o caso, por suposto indício de delito. O presidente Sandro Rossel foi afastado, e depois banido, por envolvimento em outros casos. Um deles, segundo consta, com Ricardo Teixeira, um dos três últimos presidentes da CBF banidos pela Fifa, e sem visto de entrada nos Estados Unidos.

NAS DUAS ÚLTIMAS COPAS, em que foi a referência da seleção, Neymar não conseguiu exercer liderança, dentro ou fora de campo, com atuações nada além do trivial. Já passou, e muito, da hora de o futebol brasileiro se reorganizar, sem ficar esperando um técnico que não sabe se terá, sob pena de bater seu próprio recorde em 2026, na primeira Copa com 48 seleções e em três sedes. Seis Copas sem Copa seria vergonhoso.

Foto: Divulgação