FALTANDO 12 JOGOS PARA O FINAL DA CAMPANHA do América Mineiro, que deixou em décimo, com 31 pontos, 7 vitórias e saldo negativo de 4 gols, Vagner Mancini aceitou o convite do Grêmio, que assume em penúltimo, com 23 pontos, 6 vitórias e saldo negativo de 8 gols. É o terceiro técnico do Grêmio, que descumpre decisão de que o clube só pode fazer uma troca, e é mais um a usar o artifício do “comum acordo”, uma das novidade no picadeiro do futebol brasileiro.

13 ANOS DEPOIS – Ex-volante, Mancini iniciou em 88-89 no Guarani e encerrou em 2004 no Paulista, após passar por 10 times, inclusive o Grêmio, em que foi campeão gaúcho e da Libertadores em 95. Começou como técnico interino do Sãocarlense, em 99, e volta ao Grêmio 13 anos depois de demitido em fevereiro de 2008, após só seis jogos (4 vitórias, 2 empates). Na época, disse que a intromissão dos dirigentes no trabalho foi a causa da sua saída. 

NADA DE ÉTICA – Como se não bastasse descumprir decisão da CBF, que deveria manter o nível elevado da decência no futebol, embora alguns de seus ex-dirigentes tenham mostrado exatamente o oposto, o Grêmio tira o técnico de um clube, que também tenta se manter na Série A, afrontando a ética. Os técnicos também perdem o direito de reclamar de demissão por maus resultados, se aceitam deixar um clube na reta final do caminho, como acaba de fazer Mancini.

Foto: Band UOL