A MORTE DE PALHINHA, nesta 2ª feira (17), aos 73 anos, em Belo Horizonte, onde nasceu no domingo, 11 de junho de 1950, entristece os que conviveram com o profissional correto, que honrou, como artilheiro e campeão, as camisas do Cruzeiro, Corinthians, Atlético e Vasco, tornando-se o terceiro brasileiro com mais gols (25) na Libertadores. Oito vezes campeão mineiro – 68-69/ 72-73-74-75-76/84, Palhinha fez 145 gols em 434 jogos pelo Cruzeiro.

CAMPEÃO E ARTILHEIRO da Libertadores de 76, com 13 gols em 10 jogos, Palhinha foi comprado por 1 milhão de dólares, uma fábula na época, pelo Corinthians, campeão paulista de 77, depois de 23 anos. Fez 44 gols em 148 jogos, ganhou o segundo título em 1979, mas, em 80, pediu e foi liberado pelo presidente Vicente Mateus, para voltar a Belo Horizonte e dar assistência ao pai, que estava doente e morreria seis meses depois.

PALHINHA FOI CAMPEÃO mineiro em 82 no Atlético, com 11 gols em 32 jogos, e no mesmo ano, campeão carioca no Vasco, participando só de 1 dos 25 jogos e marcando o segundo gol dos 5 x 2 no Americano, em Campos. O time do único jogo de Palhinha, campeão no Vasco: Mazaropi, Rosemiro, Nei, Celso e Pedrinho; Serginho, Dudu e Geovani; Pedrinho Gaúcho, Palhinha e Silvinho. Com o técnico Antonio Lopes, 17 vitórias em 25 jogos e saldo de 20 gols (42 a 22).

COBRI A ESTREIA DE PALHINHA na seleção, domingo, 27 de maio de 1973, no 1º Brasil x Bolívia, no Maracanã , amistoso em que Rivellino marcou o gol 1000 da seleção (5 x 0): Leão, Zé Maria, Chiquinho, Piazza e Marco Antonio; Clodoaldo, Rivellino e Paulo Cezar; Valdomiro, Leivinha e Edu. A única substituição feita por Zagallo foi a de Leivinha, que marcou dois gols, por Palhinha, aos 22 anos, com velocidade impressionante e incrível faro de gol.

NASCIDO Vanderlei Eustáquio de Oliveira, Palhinha encerrou a carreira com 10 jogos e 4 gols pelo América Mineiro, que o lançou como técnico em 85: “Sempre quis repassar o que aprendi com os bons treinadores que me orientaram, Orlando Fantoni, Zezé Moreira, Oswaldo Brandão, e de ensinar aos mais novos que, quando criança, torcemos por um time, mas devemos respeitar muito a camisa que estamos vestindo quando nos tornamos profissionais”.

TREZE ANOS DEPOIS do Santos de Pelé, bicampeão em 62-63, o Cruzeiro foi o primeiro brasileiro a ganhar a Libertadores, em 76, com 3 x 2 no River Plate, no jogo extra, em Santiago do Chile. Dos 20 gols da campanha, Palhinha marcou 13, e o time campeão do técnico Zezé Moreira era Raul, Nelinho, Morais, Darcy Menezes e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Eduardo; Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. O Cruzeiro, time das cinco estrelas, honra e glória do futebol mineiro.

QUE DEUS DÊ MUITA LUZ AO ESPÍRITO DE PALHINHA.

Fotos: Placar, CNN.e Divulgação/Cruzeiro