PELA PRIMEIRA VEZ, em dez jogos, o Brasil conseguiu duas vitórias consecutivas nas eliminatórias, aproveitando os confrontos com as piores seleções. A virada no Chile (2 x 1), e principalmente, a goleada no Peru (4 x 0), foram uma ilusão de que a seleção evoluiu. Bem longe disso.

O BRASIL PRECISOU de dois pênaltis, convertidos por Raphinha, no fim do 1º tempo e no início do 2º, para ter um pouco mais de tranquilidade e chegar à goleada com o voleio de Andreas Pereira, lançado por Luiz Henrique, que fechou o placar com outro chute de fora da área.

O BRASIL MANTEVE o 4º lugar, com 16 pontos, igual ao Uruguai, 3º por um gol de saldo (7 x 6), embora com mais uma vitória (5 x 4) e com mais dois gols marcados (15 a 13). O Brasil vai terminar 2024 visitando a Venezuela e recebendo o Uruguai na Fonte Nova, em Salvador.

O RETROSPECTO não é bom. Dos últimos 21 jogos, o Brasil só venceu 9. Perdeu 37 jogos de invencibilidade para o Uruguai (2 x 0), que voltou a vencer o Brasil depois de 22 anos. Perdeu pela primeira vez para a Colômbia (2 x 1), e perdeu para a Argentina (1 x 0), no Maracanã.

NO BEM CONFUSO futebol sul-americano, o árbitro uruguaio Esteban Ostojich leva quase sete minutos para confirmar um pênalti e acrescenta três minutos ao 1º tempo, não sem antes fazer uma resenha com o capitão peruano Advíncula. Tudo diferente do que se vê na Europa.

EDERSON, Vanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner; Bruno Guimarães (André), Gerson e Rodrygo (Andreas Pereira); Raphinha (Endrick), Igor Jesus (Matheus Pereira) e Savinho (Luiz Henrique). Não é a seleção ideal, apenas suficiente para vencer o Chile e o Peru.

Fotos: RAFAEL RIBEIRO / CBF