A ESPANHA GANHOU a Liga das Nações ao vencer a Croácia por 5 x 4 nos pênaltis, depois de 0 x 0 em 120 minutos de equilíbrio e altíssimo nível técnico, na noite deste domingo (18), no Estádio De Kuip, em Roterdam, segunda maior cidade da Holanda e do maior porto marítimo da Europa. Entre os campeões, o lateral-direito Jesus Navas, único da história da seleção a ganhar todos os títulos: campeão do mundo (2010); da Eurocopa (2012) e da Liga das Nações (2023).
JESUS NAVAS É O CAMPEÃO mais velho da história de 103 anos da seleção da Espanha, aos 37 anos, 6 meses e 206 dias, nascido em Sevilha, em 21 de novembro de 1985. Ele superou o goleiro Antoni Ramallets, dos anos 40/50/60; o meia Luis Suarez, dos anos 50/60/70, e o goleiro Andoni Zubizarreta, dos anos 80/90. Navas iniciou em 2003 no Sevilha, foi vendido ao Manchester City em 2012 e voltou ao Sevilha em 2017, onde vai encerrar a carreira.
O LATERAL-ESQUERDO Jordi Alba, de 34 anos, de saída do Barcelona, depois de 12 anos e 18 títulos, deu a Jesus Navas o direito de ser o primeiro a beijar a taça, que recebeu do presidente da União Europeia de Futebol: “Navas é modelo para a nova geração”. Jesus Navas é da seleção desde 2009 e o presidente Luis Rubiales, da Real Federação Espanhola de Futebol, que o abraçou com muito afeto no gramado, organizará o jogo de despedida, em Sevilha, cidade natal.
O VOLANTE RODRIGO ganhou o prêmio de melhor da Liga das Nações, oito dias depois de ter ganhado o prêmio de melhor da Liga dos Campeões, ao marcar o gol da vitória do Manchester City sobre a Inter de Milão por 1 x 0, no Estádio Ataturk, na Turquia. Rodri, como é tratado, tem 26 anos, foi campeão europeu Sub-20 e desde 2018 é da seleção principal. Foi comprado do Atlético de Madrid por 70 milhões de euros em 2019.
O GOLEIRO UNAI SIMON, de 26 anos, 1,90m, do Athletico de Bilbao, campeão da Supercopa da Espanha 2020-21, é da seleção desde as categorias Sub-16, foi campeão europeu Sub-19 e 21, e medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2020. Teve atuação destacada e defendeu com o pé direito o 4º pênalti, primeiro batido por um canhoto, o atacante Majer, e na segunda série de cobranças, defendeu com a mão esquerda o pênalti do atacante Petkovic.
OS PÊNALTIS DA ESPANHA foram convertidos por Joselu, atacante do Real Madrid; Rodri, volante do City; Merino, canhoto da Real Sociedad; Marco Asensio, canhoto que trocou o Real Madrid pelo PSG, e o último pelo lateral Dani Carvajal, que substituiu Jesus Navas aos 7 minutos do 1º tempo da prorrogação. O único espanhol que não converteu foi o zagueiro francês, naturalizado espanhol, Aymeric Laporte, do Manchester City, que acertou o travessão.
OS CAMPEÕES DA LIGA DAS NAÇÕES DE 2023: Unai Simon, Jesus Navas (Dani Carvajal), Robin Le Normand (Nacho), Laporte e Jordi Alba (c); Rodri, Fabian Ruiz (Merino) e Gavi (Olmo); Marco Asensio, Alvaro Morata (Joselu) e Yeremy Pino (Ansu Fati). O técnico Luis de la Fuente, ex-lateral-esquerdo de 61 anos, disse que “a união do grupo foi decisiva para a conquista”. Ele assumiu em dezembro de 2022, substituindo Luis Enrique, que pode ser o novo técnico do PSG.
A SELEÇÃO DA CROÁCIA, vice-campeã do mundo em 2018 e 3º lugar em 2022, voltou a bater na trave, mas apresentou de altíssimo nível, liderada pela categoria do volante e capitão Luka Modric, que converteu o 3º pênalti, mas terminou muito abatido. Após o apito final, os jogadores croatas foram à beira do gramado aplaudir os torcedores – em torno de 25 mil – e só saíram, depois de 10 minutos, para receber as medalhas de prata na premiação no centro do campo.
DAS TRÊS EDIÇÕES da Liga das Nações, a Espanha venceu a primeira decidida em pênaltis. Portugal havia ganhado em 2018-19, com 3 x 1 na Holanda, três gols de Cristiano Ronaldo, e a França foi campeã em 2020-21, com 2 x 1 na Espanha, que voltou a ser campeã depois de 11 anos, ao ganhar a Eurocopa de 2012. A Espanha ganhará 70 milhões de euros (R$450 milhões) e o prêmio da Croácia será de 57 milhões de euros.
CROÁCIA 0 x 0 ESPANHA (5 x 4 nos pênaltis), com excelente atuação do alemão Felix Zwayer, de 42 anos, agente imobiliário na capital Berlim, onde nasceu. Árbitro Fifa desde 2012, marcou 24 faltas (11 da Croácia) e só advertiu com cartão amarelo os espanhóis Gavi, no 2º tempo, e Nacho e Rodri, na prorrogação. Com tempo bom e temperatura de 22 graus, 51.600 torcedores no Estádio De Kuip, que significa banheira, em holandês.
Foto: Piroschka Van De Wouw/Reuters , JOHN THYS / AFP, REUTERS/Piroschka Van De Wouw e Divulgação Twitter