O FUTEBOL BRASILEIRO é uma renovação constante de problemas, dentro e fora de campo, sobretudo no Rio de Janeiro, onde só o Botafogo tem torcida e tem estádio. O Flamengo tem torcida e não tem estádio, desde a fundação, já lá se vão 125 anos. O Fluminense teve o maior estádio do país, mas no século passado; hoje, uma bela peça de museu. O Vasco anuncia, faz tempo, a ampliação de São Januário, mas fica só na promessa.
O VASCO TEM O MANDO de campo, mas teria que sair do Rio para fazer o jogo da 23ª rodada com o Fluminense, pelo menos em Volta Redonda. Mas a CBF interveio e conseguiu o estádio do Botafogo, depois que seu técnico interino criticou as condições do gramado de Volta Redonda, após a vitória chocha do Fluminense sobre o Fortaleza. Vasco x Fluminense será então no Estádio Nilton Santos, sábado, 16 de setembro, às 16 horas.
O DONO DO FUTEBOL do Botafogo estava irredutível, mas a Confederação Brasileira de Futebol interveio e ele acabou cedendo, mesmo muito a contragosto, mas de olho na contrapartida para ganhar prestígio com a CBF, no chamado Toma lá, dá cá. Diz ele que soube tirar proveito da cessão para ganhar, não só no aluguel, em condições bem vantajosas e com pagamento à vista, como também garantindo parte do lucro da receita do estacionamento e dos bares.
O FLAMENGO VAI provar do veneno do Fluminense, parceiro na concessão. Vasco x Fluminense, sábado (16). Flamengo x São Paulo, domingo (17). Intervalo de 24 horas entre o clássico carioca do Campeonato Brasileiro e o primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil. Sem tempo para a grama respirar e com os botinudos abrindo novos buracos. Correm, gritam, esperneiam e caem sempre no mesmo lugar. Só no futebol brasileiro de cinco Copas sem Copa.