CRUZEIRO E SANTOS revivem um dos clássicos históricos do futebol brasileiro, ao abrirem a 4ª rodada do campeonato, no único jogo da tarde deste primeiro sábado (6) de maio, na Arena Independência, em Belo Horizonte. Sexto com 6 pontos e saldo de três gols (5 a 2), o Cruzeiro pode pernoitar na liderança, se horas depois, no único jogo da noite, o Fluminense não vencer o clássico com o Vasco no Maracanã. O Santos é o 11º com 4 pontos e sem saldo (3 a 3).

CRUZEIRO E SANTOS iniciaram a história no domingo, 31 de março de 1929, em amistoso no estádio do Barro Preto, um dos bairros mais tradicionais de Belo Horizonte, na região Centro-Sul da capital mineira, com vitória do Santos por 7 x 3. Hoje, 6 de maio de 2023, no 83º confronto, o possível desempate do equilíbrio de 30 vitórias de cada e 22 empates. Não foram poucos os jogos marcantes, mas houve dois com realce na história da decisão da Copa Brasil de 1966.

O CRUZEIRO, PENTACAMPEÃO no Mineirão – 1965-1969 -, goleou o Santos por 6 x 2, no primeiro jogo, diante de 80 mil pagantes, na noite da 4ª feira, 30 de novembro de 1966. Já saiu para o intervalo com 5 x 0, gols de Dirceu Lopes (2), Natal, Tostão e Zé Carlos (contra), logo no 1º minuto, com início avassalador. No 2º tempo, Toninho Guerrero, sucessor de Coutinho, fez os dois gols do Santos, aos 5 e aos 7, mas Dirceu Lopes marcou o 6º gol aos 27.

NO JORNAL DO DIA SEGUINTE: “A noite em que o Santos de Pelé foi colocado na roda pela máquina azul de Tostão”. Uma semana depois, no jogo de volta, sob muita chuva e em campo enlameado, no estádio do Pacaembu, o Santos fez 2 x 0, gols de Pelé e Toninho Guerreiro, e no intervalo, o presidente Athié Cury foi ao vestiário do Cruzeiro para combinar o local do jogo de desempate… No 2º tempo, a virada do Cruzeiro (3 x 2), com Tostão, de falta, Piazza e Natal, aos 44.

O CRUZEIRO, do técnico Airton Moreira: Raul, Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Piazza e Dirceu Lopes; Natal, Evaldo, Tostão e Hilton. O SANTOS, de Luis Alonso (Lula), seu técnico recordista de 38 títulos em 12 anos: Gylmar, Carlos Alberto Torres, Mauro, Oberdan e Zé Carlos; Zito e Lima; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Pepe. Bicampeões mundiais de 58-62 Gylmar e Zito; tricampeões de 70 Pelé e o capitão Carlos Alberto. No Cruzeiro, os campeões de 70 Piazza e Tostão. Será que teriam vaga nos times atuais?

NESTE SÁBADO (6), o Cruzeiro inicia a 4ª rodada tentando a terceira vitória, depois de duas consecutivas sem sofrer gol – 1 x 0 no Grêmio, 3 x 0 no Bragantino -, após a derrota na estreia para o Corinthians (2 x 1). O Santos quer a segunda vitória consecutiva, depois de 3 x 2 no América Mineiro, após perder para o Grêmio por 1 x 0 na estreia, e do 0 x 0 com o Atlético Mineiro, único empate sem gol nos 30 jogos das três primeiras rodadas.

fotos: Superesportes, No ângulo e Futebol na Veia