Hoje, 8 de março de 2020, faz 45 anos que o Dia Internacional da Mulher foi reconhecido, oficialmente, em 1975, pela Organização das Nações Unidas (ONU). O desempenho da mulher brasileira, em várias modalidades, é a base desta matéria, bem simples, mas que exalta o talento de cada uma e a competência de todas. Desfrutem bem do seu dia especial, com a certeza de que Deus não poderia ter criado nada mais belo e importante que a mulher.                         

MARIA LENK

Primeira sul-americana a participar de uma Olimpíada, em 1932, em Los Angeles, Maria Lenk – 1915 – 2007 – foi a primeira a estabelecer um recorde mundial e a única brasileira a entrar para o Hall da Fama da natação, em 1988. Paulistana, aprendeu a nadar no rio Tietê, e aos 20 anos escolheu o Rio para viver. Foi uma das fundadoras, em 1942, da Escola Nacional de Educação Física da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dez anos depois, no Palácio do Catete, recebeu a condecoração do presidente Getulio Dornelles Vargas.Maria Lenk gostava de lembrar que custeou a própria viagem aos primeiros Jogos Olímpicos de que participou, em 1932, em Los Angeles, junto com os outros 68 integrantes da delegação, vendendo as embalagens de café que levava no porão do navio. Ela competiu com uniforme emprestado, que devolvia após as provas na piscina. Maria Lenk gostava do Flamengo e ganhou muitos troféus para o clube.

AÍDA DOS SANTOS

Primeira brasileira a disputar uma final olímpica no salto em altura, em 1964, em Tóquio, a carioca Aída Menezes dos Santos, hoje aos 83 anos, viajou ao Japão sem técnico, sem material para competir, sem roupa para participar da cerimônia de abertura dos Jogos, usou uniforme adaptado de outra modalidade.Aída dos Santos ganhou em 2006 o prêmio Brasil Olímpico, recebendo o troféu Ademar Ferreira da Silva. Em 2009, agraciada pelo Comitê Olímpico Internacional com o Diploma Mundial Mulher e Esporte. Carioca, atleta de destaque do Botafogo, clube do coração, dirige o Instituto Aída dos Santos, com a inclusão de jovens, através do atletismo e do vôlei.

H O R T Ê N C I A

Primeira brasileira a entrar no Hall da Fama do Basquetebol dos Estados Unidos, em 2002, a paulista Hortência é a maior pontuadora de todos os tempos da seleção brasileira, com 3.160 pontos em 127 jogos, média de 24,9 pontos por jogo.Hortência de Fátima Marcari, hoje aos 60 anos, foi oito vezes campeã paulista, tricampeã sul-americana, medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 1991, em Havana, onde encantou os torcedores, entre eles Fidel Castro – 1926 – 2016 -, primeiro ministro de 1959 a 1976 e presidente de 1976 a 2008, que lhe entregou a medalha de ouro.

M   A   R   T   A

Recordista de prêmios de Bola de Ouro, com seis, sendo cinco consecutivas, e única a fazer gol em cinco edições diferentes de Copas do Mundo, masculina e feminina, Marta Vieira da Silva, alagoana de Dois Riachos, é a maior artilheira com 17 gols das Copas de homem e mulher. Marta é torcedora do Vasco, onde jogou os primeiros anos da carreira, 2000 a 2002, foi campeã em vários times europeus, tem cidadania sueca, e aos 34 anos é destaque do Orlando Pride, o time mais estruturado do estado americano da Flórida.

DAIANE DOS SANTOS

Primeira ginasta brasileira, entre mulheres e homens, a ganhar medalha de ouro em um Mundial, Daiane dos Santos, gaúcha de Porto Alegre, participou de três Olimpíadas – Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012 – e ganhou nove medalhas de ouro em etapas de Copas do Mundo. Utilizou o sucesso Brasileirinho, choro do carioca Waldir Azevedo – 1923 – 1980 -, mestre do cavaquinho, para ganhar mais motivação em suas provas.Daiane Garcia dos Santos, hoje aos 37 anos, encerrou a carreira por causa de problema no joelho. Foi a ginasta com menos estatura da história – 1,46m -, mas encantou o mundo com suas performances notáveis e com um sorriso maravilhoso.

MARIA ESTER BUENO

Melhor tenista da América Latina no século 20, a paulistana Maria Ester Bueno – 1939 – 2018 – ganhou 589 títulos internacionais, 62 títulos profissionais, 19 torneios de Grand Slam, 4 campeonatos mundiais e em 1978 mereceu dois prêmios especiais: a entrada no Hall da Fama Internacional de Nova York e a estátua de cera, em tamanho natural, no Museu Madame Tussauds, em Londres.Maria Ester Bueno foi das raras tenistas a ganhar títulos em três décadas diferentes (1950, 1960, 1970) e era tratada como a Bailarina do Tênis, pela extraordinária elegância no estilo de jogo, em que se destacava a potência de seu saque. Sua única tristeza foi a de não poder representar o Brasil nos Jogos Olímpicos porque o tênis deixou de ser esporte olímpico em 1932 e só voltou em 1996.

JAQUELINE E SANDRA

Primeiras brasileiras a ganhar medalha de ouro na estreia do vôlei de praia nos Jogos Olímpicos de 1996,  Jaqueline Silva e Sandra Pires subiram ao pódio com outra dupla brasileira, Mônica Rodrigues e Adriana Samuel, com quem fizeram a final nas areias de Atlanta, capital do estado da Geórgia, no Sudeste dos Estados Unidos. Pódio 100% brasileiro, em decisão histórica em 100 anos de Olimpíadas. Cariocas, Jaqueline Louise Cruz Silva, de 58 anos, 1,70m, e Sandra Pires Tavares, de 46 anos, 1,74m, dedicam-se a organizar eventos e a continuar desenvolvendo o vôlei de praia. Tornaram-se idolatradas pelo público americano.

MAURREN  MAGGI

Saltadora e velocista, maior nome do atletismo feminino brasileiro, Maurren Maggi, paulista de São Carlos, foi a número 1 do ranking mundial do salto em distância,em 1999 e 2003, e ganhou duas vezes o prêmio de melhor do ano do Comitê Olímpico Brasileiro. Maurren Higa Maggi, de 34 anos, foi a primeira atleta brasileira a ganhar medalha de ouro em esporte individual, com o salto de 7,04 metros, em agosto de 2008, nos Jogos Olímpicos de Pequim. Não conseguiu conter as lágrimas ao ser aplaudida por 90 mil espectadores no Ninho do Pássaro, um dos maiores estádios do mundo.

HOMENAGEM ESPECIAL

Na língua inglesa há uma frase que vou utilizar para concluir esta matéria: Last but not least. Em português, por último, mas não menos importante. É o caso desta homenagem especial à professora Denize, mãe do amigo e parceiro Marcelo Santos, que seleciona as fotos e publica o que escrevo no face/blog. E não é só por hoje, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, mas porque, depois de amanhã, terça (10), a professora Denize completa 94 anos, saudável e lúcida, graças a Deus, que nos proporcionará, em 2026, brindarmos o centenário dela.Um domingo feliz pelo Dia Internacional da Mulher e uma terça (10) superalegre pelos 94 anos da professora Denize, sempre cercada do carinho dos filhos Marcelo e Junior, da nora Paula e da neta Betina.