ESTÁ DECIDIDO que após Fluminense x Olímpia de amanhã (24) e Flamengo x Internacional de sábado (26), o Maracanã ficará fechado, pelo menos por três semanas, para a recuperação do gramado, depois de 57 jogos desde janeiro. O intervalo de 15 horas, de Fluminense x América, sábado (19), e Vasco x Atlético, domingo (20), foi o mais curto, entre dois jogos, na história do estádio, quando os especialistas em gramado dizem que deve ser, no mínimo, de 72 horas.
O FECHAMENTO pré-estabelecido de três semanas também pode ser alterado, como quase tudo no futebol brasileiro, haja vista que o returno começou, sem que o turno tenha terminado, faltando América x Vasco e Corinthians x Grêmio. A reabertura vai depender do sorteio da decisão da Copa do Brasil. Se o Flamengo for mandante do primeiro jogo, o Maracanã reabre dia 17; se for visitante, dia 17 no Morumbi, o Maracanã só reabre para o segundo jogo, dia 24.
É ASSIM QUE A BANDA TOCA no futebol brasileiro, sem planejamento, ao sabor das ondas, cinco Copas sem Copa, dando tempo ao tempo, com interino esperando quase um ano pelo técnico salvador da pátria, sem a certeza de que ele de fato virá. Só que chegou a hora do aperto, da cobrança implacável da Confederação Sul-Americana de Futebol, que já advertiu e multou o Flamengo pela má sinalização das linhas do gramado e pelos sinalizadores lançados por torcedores.
O GRAMADO DO MARACANÃ será vistoriado antes do Fluminense x Olimpia de amanhã (24), e a comissão da Confederação Sul-Americana de Futebol pode até punir o mandante, conforme o julgamento que fizer. O Maracanã foi escolhido, pela segunda vez, em cinco finais de jogo único da Libertadores, todos com equipes brasileiras, mas não será surpresa se vier a perder o privilégio. Os próprios clubes estão contribuindo de forma bem decisiva para isso.
SEM O MARACANÃ, Flamengo e Fluminense voltarão a ser andarilhos. O Flamengo, fenômeno raro do futebol mundial – com torcida, sem estádio -, cogitou a Arena Corinthians; o Estádio Mané Garrincha; o Parque do Sabiá, e o Kleber Andrade. O Fluminense, no século passado, teve um bom estádio, hoje uma peça de museu, e parece se contentar com o Estádio da Cidadania, possivelmente por Volta Redonda ser mais próximo de casa.
A CONFEDERAÇÃO SUL-AMERICANA DE FUTEBOL reduziu de três para dois jogos a suspensão do lateral Marcelo, que poderá reaparecer no jogo de volta, dia 31, se estiver recuperado de contusão. O recurso em que solicitou o efeito suspensivo foi recusado, em todos os itens, mesmo que não tenha tido intenção, como reconheceu o próprio Leonardo Sanchez, zagueiro do Argentinos Juniors, que fraturou a perna em lance casual, sem maldade alguma de Marcelo.
NÃO É DEMAIS REPETIR: EFEITO SUSPENSIVO É UMA IMORALIDADE QUE SÓ HÁ NO FUTEBOL BRASILEIRO.