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O TERMO DE PERMISSÃO DE USO DO MARACANÃ ao Flamengo e ao Fluminense termina amanhã (3ª, 25). A Casa Civil do governo do estado se posicionou hoje (2ª, 24), em defesa da manutenção da cessão temporária e deixando claro que “o não cumprimento do termo pode levar ao fechamento do estádio por tempo indeterminado”. O Vasco trata como “interesse legítimo”, mas é atacado com termos duros pelos representantes do Flamengo e do Fluminense.

A PROCURADORIA do governo do estado ressalta que “a Casa Civil teria que realizar a contratação de 23 tipos de serviços diferentes, de modo emergencial, se o atual termo de permissão de uso não for renovado”, o que representa posição inteiramente favorável aos dois clubes, que já administram o estádio desde o final do ano de 2019. Fluminense e Flamengo se autointitulam “os maiores clubes cariocas de futebol”.

A POSIÇÃO DA DUPLA FLA-FLU vai além, ao argumentar que “o Vasco quer apenas causar prejuízos e transtornos à atual administração do estádio”. Flamengo e Fluminense ressaltam ainda que “o interesse do Vasco, hoje com 70% do futebol sob controle da 777 Partners, é aumentar o retorno financeiro dos investidores da SAF (Sociedade Autônoma do Futebol) do clube”. O Vasco é contra a sétima renovação da cessão ao Flamengo e ao Fluminense, “sem chamamento público”.

A DUPLA FLA-FLU contra-ataca com o argumento de que “a busca desmesurada por lucros, é a única e exclusiva preocupação do Vasco com o Maracanã, a fim de potencializar o retorno financeiro do elevado investimento da 777 Partners”. A licitação do estádio foi suspensa em outubro de 2022, por decisão do Tribunal de Contas do Estado, após o levantamento de catorze impropriedades no edital”. Bom dizer: o investimento da 777 no Vasco é de R$700 milhões.

COMO DIZ O VELHO DITADO, que ouvi tantas vezes, quando ainda garoto em Manaus, “isso vai dar muito pano pra manga”. Ou, como dizia o técnico paraguaio Solich, quando entrevistado na véspera dos jogos: “Que ganhe o melhor”. Ou, como a sábia expressão filosófica: “Seja o que Deus quiser”. Ou ainda, “Eles são brancos, que se entendam”, uma das primeiras punições impostas aos racistas, no início do século XVIII, como sabem os que leem a História.

Foto: Lance!