O Flamengo divulgou ontem (31) o balanço de 2019 de sua atividade financeira, destacando a renda bruta de 950 milhões de reais e o superávit acima de 60 milhões de reais, quase o dobro de 2018. Os números ressaltam, com a mesma pompa, o líquido de 48 milhões de reais da arrecadação bruta de 109 milhões de reais, nas bilheterias, e a receita de 61 milhões de reais do programa de sócio-torcedor.

O Flamengo mostra também os números, sempre acima da média do padrão do futebol brasileiro, das transações que resultaram em compra e venda de jogadores, alguns ainda por serem quitados. A diretoria, justiça se lhe faça, soube manter o equilíbrio financeiro criado pela administração anterior, que possibilitou ao clube a base do investimento nas contratações para ganhar quase todos os títulos, incluído o técnico, a peso de euros.

O Flamengo precisa, agora, mostrar e exibir, com o mesmo orgulho, a prestação de contas que ainda não conseguiu saldar com todas as famílias dos dez garotos, que morreram queimados no Ninho do Urubu. A uma semana dos catorze meses da maior tragédia de sua história de 125 anos, o Flamengo tem como provar, com tanto dinheiro sobrando, que não é capaz de engolir um elefante e se engasgar com uma azeitona.