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O Flamengo gastou dinheiro, perdeu tempo e voltou da Europa, sem Balotelli, o centroavante destro que seu técnico português queria porque não gosta de centroavante canhoto. Gabriel é canhoto, é artilheiro do Brasileirão, mesmo fora dos dois últimos jogos, mas o técnico não gosta dele. Quer um centroavante destro.

Por conta de uma preferência que não deixa de ser um tanto quanto estranha, o Flamengo também não evitou pagar mico. Balotelli simplesmente disse não ao clube da maior torcida do Brasil, preferindo ganhar menos no inexpressivo Brescia, que estará sempre na parte de baixo da tabela, correndo o risco de voltar à segunda divisão.

O desempenho do Flamengo ainda não conseguiu convencer, desde que investiu pesado em um técnico europeu, cujo prestígio se resume ao futebol português. O trabalho dele não atraiu o interesse de nenhum outro clube da Europa, e estava fora do circuito desde que o saudita Al-Hilal o demitiu.

Portugal está com técnicos mais jovens e atualizados com a evolução do futebol mundial, nos campeonatos inglês e italiano. O Everton, segunda força de Liverpool, é dirigido por Marco Silva, 42 anos, que antes havia tido boa passagem pelo Watford. O Wolverhampton é comandado desde 2017-18 por Nuno do Espírito Santo, 45 anos.

Paulo Fonseca, 46 anos, após três boas temporadas na Ucrânia com o Shakhtar Donetsk, foi contratado pela Roma e estreia no Campeonato Italiano, dia 25, dirigindo a equipe mais forte da capital no jogo com o Genoa. Na América do Sul, o trabalho de Carlos Queiroz foi do agrado da Federação Colombiana e ele seguirá com a seleção nas eliminatórias para 2022, depois do bom desempenho na Copa América no Brasil.

O Flamengo deve e precisa esperar mais de um técnico exigente, acima de dois milhões e com uma grande equipe de assistentes, com hotel cinco estrelas e carro blindado. A eliminação da Copa do Brasil já deixou os torcedores sob desconfiança. Seguir na Libertadores, evitando que o Flamengo complete 38 anos sem o título, é mais obrigação.

Foto: Marcos Ribolli