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O GOL 1000 DE PELÉ foi marcado aos 34 minutos do 2º tempo, na virada do Santos sobre o Vasco por 2 x 1, na noite da 4ª feira, 19 de novembro de 1969, diante de 65 mil torcedores no Maracanã. Era o torneio Rio-São Paulo, denominado Roberto Gomes Pedrosa, em homenagem ao goleiro da seleção na Copa do Mundo de 1934.

PELÉ CONFESSOU, anos depois, que a pressão o deixou tenso. O Santos perdia por 1 x 0, gol do meia Benetti, e empatou na volta do intervalo com o gol contra do zagueiro Renê. O nome de Pelé foi gritado em coro, quando sofreu o pênalti do zagueiro Fernando, marcado pelo árbitro pernambucano Manuel Amaro de Lima.

SÓ DOIS MINUTOS depois da marcação, o árbitro autorizou a cobrança, no gol à esquerda da tribuna de honra. Pelé tomou três passos de distância e bateu com o lado interno do pé direito, à esquerda do goleiro argentino Andrada, que resvalou na bola e deu três socos no gramado porque passaria ser “o arqueiro do rei”.

O TIME DO GOL 1000: Aguinaldo, Carlos Alberto Torres (c), Ramos Delgado, Djalma Dias (Joel Camargo) e Rildo; Clodoaldo e Lima; Manuel Maria, Edu, Pelé (Jair Bala) e Abel. Técnico – Antoninho. O Rei usou os microfones e fez um apelo emocionado: “Vamos ajudar as criancinhas do nosso Brasil”.

A MELHOR DEFINIÇÃO sobre Pelé, no auge das comemorações do gol 1000, foi do narrador Waldir Amaral: “O Deus de todos os estádios”. Waldir promoveu reuniões diárias da nossa equipe, para traçar normas sobre a cobertura, e deixou claro que a transmissão não poderia ser interrompida por qualquer informação. 

O MAIS INFLUENTE POETA brasileiro do século XX, Carlos Drummond de Andrade, mineiro como Pelé, resumiu em uma crônica, dois dias após o gol 1000: “O difícil, o extraodinário, não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé”.

Foto: Lance!