O SITE NORUEGUÊS JOSIMAR FOOTBAL, criado para homenagear o ex-lateral do Botafogo, campeão carioca invicto de 1989, e pelos gols que marcou nas vitórias sobre a Irlanda do Norte e a Polônia, na Copa do Mundo de 1986, publica matéria nesta 2ª feira (3), com um resumo, em que critica a atuação da 777 Partners, criada em 2015 em Miami, e parceira do Vasco desde fevereiro de 2022, quando anunciaram “o maior acordo da história dos clubes brasileiros”.

ANTES DE ASSUMIR o futebol do Vasco, com aporte inicial de R$70 milhões, a 777 já havia comprado o Hertha Berlim, Genoa, Standard Liège e o Red Star, da 3ª divisão da França. O título, em inglês, The 777 Football Mystery (O Mistério do Futebol da 777), é chamativo, e a matéria revela que “as fontes mais credenciadas do mercado financeiro internacional classificam como inviável o modelo adotado pela 777”.

AS CRÍTICAS SE ESTENDEM a Josh Wander, um dos sócios proprietários, pelos problemas que teve com a Justiça americana durante anos. No dia do lançamento do projeto no Vasco, Josh Wander apareceu na foto, ao lado de Jorge Salgado, presidente do clube, e do diretor de mídia Juan Arciniegas, cada um exibindo a camisa preta com o número 7, formando 777, para saudar a criação da Vasco da Gama Sociedade Anônima do Futebol (Vasco SAF).

Josh Wander, diretor da 777 Partners

UM DOS PRIMEIROS funcionários da 777, que pediu o anonimato, disse que “a empresa não consegue evitar prejuízo em nenhum de seus negócios, nem mesmo no futebol”, e revelou também: “Eles não têm o dinheiro que dizem ter; o que fazem é um giro de mercado, mas sempre utilizando o mesmo dinheiro”. A matéria provocou indignação na diretoria do Vasco, revoltando conselheiros e beneméritos, que exigem um posiconamento público da 777, porque o Vasco é tratado como Clube do Fiasco”.

BOM LEMBRAR: Josimar Higino Pereira, hoje aos 54 anos, carioca de Pilares, criado na Cidade de Deus, só foi à Copa de 86 pela desistência de Leandro, lateral do Flamengo, e Telê Santana só o escalou porque o titular Edson Boaro, do Corinthians, se contundiu no 2º jogo com a Argélia, e Josimar entrou no jogo com a Irlanda e fez o terceiro dos 3 x 0, e o 2º dos 4 x 0 na Polônia, dois golaços. O Brasil foi eliminado pela França nos pênaltis, mas saiu invicto e Josimar foi o lateral da Copa na seleção da Fifa. Em 14 jogos pela seleção, ganhou 11 e empatou 3.

JOSIMAR encerrou a carreira no Baré, de Roraima, em 1997, depois de campeão carioca invicto em 89 no Botafogo, que o emprestou ao Flamengo, e foi campeão da primeira Copa do Brasil do rubro-negro em 90, ganhando em 91 o campeonato gaúcho pelo Internacional. Com a seleção, campeão da Copa América de 89, dirigido por Sebastião Lazaroni, que em 90 não o convocou para a Copa do Mundo na Itália.

BOM DIZER: a Noruega é uma das raras seleções que nunca perderam para a seleção brasileira. No único jogo de Copa do Mundo, em 23/6/98, no Estádio do Velódromo, em Marselha, no Sul da França, a Noruega venceu de virada por 2 x 1, em seis minutos, após sofrer o gol de Bebeto aos 33 do 2º tempo; Toré André empatou aos 38 e Kjetil Rekdal virou aos 44. Foi a única derrota do Brasil, antes de perder a decisão com a França por 3 x 0.

EM TRÊS AMISTOSOS, todos no Estádio Ullevall, em Oslo, capital da Noruega, em 28/7/88, 1 x 1; em 29/5/97, Noruega 4 x 2, e em 16/8/2006, na estreia do técnico Dunga, 1 x 1.

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF e Site Josimar