De 1981 – campeão pela única vez – a 2018 – eliminado nas oitavas de final, no Mineirão –, o Flamengo participou catorze vezes da Libertadores da América, maior torneio de clubes do continente. Antes, chegou a duas semifinais (1982 e 1984) e a quatro quartas de final (1991, 1993, 2010 e 2018). Disputou as oitavas de final de 2007 e 2008, e as fases de grupos de 1983, 2002, 2012, 2014 e 2017.

VISITANTE – O Flamengo foi eliminado pelo Cruzeiro, em 2018, ao perder (2 x 0) o jogo de ida no Maracanã. A vitória (1 x 0) como visitante, no Mineirão, foi a décima nona em 53 jogos, mais 11 empates, desde sua primeira participação. Das 14 participações, o Flamengo só havia conseguido, nas últimas três, uma vitória – 2 x 1 no Emelec, do Equador – em dez jogos fora de casa. Depois do São Paulo, Grêmio e Palmeiras (18), e do Cruzeiro (16), o Flamengo divide com Santos e Corinthians, com 14, o quinto lugar dos brasileiros que mais participaram.

SEGUNDO – Na fase de grupos de 2018, convém lembrar, o Flamengo ficou em segundo, com dois 2 x 2, no Rio e 0 x 0, em Buenos Aires, com o River Plate. Não era lícito esperar, depois de atuações abaixo do normal, que o Flamengo revertesse a situação no Mineirão, o que tornou previsível a eliminação.

ILUSÃO – O Flamengo deixou de ser o time ofensivo e decisivo, seguro e consciente, que sempre foi, impondo respeito e até metendo medo nos adversários.  A falsa posse de bola, tão decantada no futebol brasileiro atual, marcou o domínio do Flamengo, na maior parte do primeiro tempo, sem resultado prático. De que adianta a posse de bola sem chutar em gol?

VALORES – Diego Alves é dos poucos a justificar plenamente os investimentos feitos pelo clube. Henrique Dourado está distante de ser o homem de área ideal: rende pouco, chuta e cabeceia mal, quase sempre não se posiciona bem e perdeu o caminho do gol, que só encontra nos tiros livres da marca do pênalti. Vitinho ainda não conseguiu se ajustar ao time nem o time a ele.

CHANCE – Lincoln ainda não teve a mesma chance que foi dada a Vinícius Júnior e dificilmente conseguirá se firmar se continuar sendo escalado só nos minutos finais. Geuvânio, nada acrescenta. A meu juízo, contratação equivocada. Lucas Paquetá não chega a ser fora de série como alguns pensam e outros exaltam. É só um bom jogador, ponto.

DEFESA – É fraca e leva gol com facilidade, como reconheceu o capitão Rever, após o empate (2 x 2) com o América Mineiro, quando o Flamengo não soube segurar a vitória após duas vezes à frente do placar. Restam o Brasileirão e a Copa do Brasil. Ainda há tempo para corrigir as (muitas) falhas e, pelo menos, tentar terminar 2018 com um título.

foto: Gilvan de Souza/Flamengo