O TÉCNICO ALEMÃO JURGEN KLOPP, disse depois da derrota de ontem (28) do Liverpool, que “o Real Madrid é a realeza da Europa e mereceu ganhar mais uma Champions”. Klopp acrescentou que “a história do Real Madrid não compra”, ressaltando a tradição de equipe vencedora, com mais títulos na Espanha (35) e na Liga dos Campeões (14). Ele abraçou e felicitou o técnico italiano Carlo Ancelotti pelo 4º título.
PELA PRIMEIRA VEZ uma final da Liga dos Campeões da Europa começou com atraso. Foram 37 minutos de espera da maioria dos torcedores para ver a bola rolar, enquanto torcedores do Liverpool entravam em conflito do lado de fora do Stade de France com a segurança francesa, que chegou a utilizar bombas de gás. A União Europeia de Futebol informou que a maioria tentou entrar sem ter ingresso, daí a confusão.
FOI A SEXTA FINAL DA CHAMPIONS, terceira no Stade de France: em 2000, Real Madrid 3 x 0 Valencia; em 2006, Barcelona 2 x 1 Arsenal, e em 2022, Real Madrid 1 x 0 Liverpool. As anteriores foram no Parque dos Principes: em 1956, Real Madrid 4 x 3 Reims; em 1976, Bayern Munique 2 x 0 Leeds United, e em 1981, Liverpool 1 x 0 Real Madrid, única final perdida pelo Real Madrid, campeão 14 vezes nas 17 disputadas.
DOS CAMPEÕES DE 2022, o lateral Carvajal, o meia Modric, o artilheiro Benzema e o lateral Marcelo são os que ganharam quatro títulos. Marcelo deveria ter entrado nos minutos finais, mas o jogo estava indefinido e o técnico Ancelotti não quis arriscar. No final, Benzema passou a braçadeira amarela de capitão para Marcelo receber a taça, como última homenagem do Real Madrid, que defendeu desde 2007.
O REAL MADRID pretendia mandar fazer uma estátua de Marcelo no estádio Santiago Bernabeu, mas o próprio jogador agradeceu: “Todos sabem muito bem do meu amor pelo clube que me deu tudo. Não é preciso que faça uma estátua para me homenagear”. Marcelo comemorou com a esposa Clarissa e os filhos Enzo e Liam, correndo com a taça como se fosse o volante de um carro.
O TENISTA RAFAEL NADAL e o ex-atacante Ronaldo Fenômeno foram ovacionados ao chegarem às cadeiras e retribuiram com sorriso e aceno. Eles assistiram juntos, acompanhados das esposas. O ex-atacante Raul, 2º maior artilheiro e um dos grandes ídolos do clube, hoje técnico do Real Castilla B, colocou a taça no pedestal, pouco antes do jogo, e também ganhou muitos aplausos.
O ZAGUEIRO HOLANDÊS Van Dijk foi o que mais sentiu a derrota do Liverpool. Assim que o jogo acabou, sentou-se no gramado e ficou alguns minutos com o rosto coberto pela camisa para esconder o choro. Os jogadores do Real Madrid fizeram o corredor, antes da entrega das medalhas aos árbitros e aos jogadores do Liverpool, aplaudindo a passagem de cada um.
NO PÓDIO DA PREMIAÇÃO, todas as medalhas foram entregues pelo presidente da União Europeia de Futebol, o advogado esloveno Aleksander Ceferin, desde 2016 no cargo. O clima entre ele e o presidente Florentino Perez, do Real Madrid, que fracassou na criação de nova Liga para organizar os torneios europeus, era de “inimigos cordiais”.
PELA PRIMEIRA VEZ, Vinicius Junior beijou o escudo do Real Madrid, após marcar o gol aos 14 minutos do 2º tempo. Nas comemorações anteriores ele apenas puxava a camisa e apontava com o dedo indicador direito. O jornal MARCA usou o nome do goleiro belga Courtois, como se pronuncia, para fazer alusão ao 14º título do Real Madrid: “!!! La Decimocurtuá!!!”
A ÚNICA VEZ EM QUE O VAR interveio foi aos 43 minutos do 1º tempo para anular o gol de Benzema, por impedimento, sob muita expectativa dos torcedores das duas equipes. A avaliação durou 2 minutos e 10 segundos, sem que nenhum jogador do Real Madrid reclamasse e nenhum do Liverpool comemorasse. O árbitro francês Clément Turpin teve atuação segura em sua primeira final da Champions.
Foto: Real Madrid.