BRUNO HENRIQUE está de volta ao Maracanã, neste domingo especial de Páscoa, a seis dias de completar 10 meses da lesão no joelho direito, aos 21 minutos do 1º tempo, na vitória sobre o Cuiabá por 2 x 0, na noite da 4ª feira, 15 de junho de 2022. Era o 400º jogo de sua carreira, pela 12ª rodada do Brasileiro, e foi a 1ª vitória de Dorival Junior, que havia iniciado com derrotas para o Inter e o Atlético Mineiro, ao substituir Paulo Sousa, após perder do Bragantino.

“LEVANTEI E SENTI O JOELHO FROUXO, como se estivesse solto. Ninguém pode avaliar a dor nem o que passei, só eu mesmo” – resume Bruno Henrique, que saiu de maca, chorando muito, ao ser substituído por Vitinho. Foi dele o corta-luz para Ayrton Lucas abrir o placar, e Bruno Henrique revela também que não tinha visto a imagem da lesão: “Foi dura, de dor, chocante. Bom dizer: o zagueiro Marllon não teve culpa alguma. Bruno Henrique torceu o joelho sozinho.

BRUNO HENRIQUE foi bem-sucedido na cirurgia dos médicos Luis Antonio Vieira e Diogo Cals, no domingo, 26 de junho de 2022. Teve alta do hospital dois dias depois e em seis dias iniciou a fisioterapia, com a previsão dos cirurgiões de que poderia voltar a jogar de 10 a 12 meses, entre abril e junho de 2023, o que será confirmado na noite de hoje, 9 de abril, seja no início ou no decorrer do Fla-Flu que vai decidir o título carioca de 2023.

BRUNO HENRIQUE é daqueles que dão valor à vida porque nada lhe caiu do céu, a não ser a bênção de Deus. Era office boy ao iniciar no Inconfidência, de Concórdia, bairro de Belo Horizonte, onde nasceu no domingo, 30 de novembro de 1990. Magro e bem longilínio era o Bruninho, mas logo ganhou o apelido de mosquito. Muito rápido, passava voando pelos zagueiros. Não teve formação de base porque foi recusado pelo Cruzeiro e pelo Atlético.

O RÁDIO TEVE INFLUÊNCIA na carreira de Bruno Henrique, que se destacou na Copa Itatiaia, promovida pela emissora líder do futebol mineiro. Ele foi campeão, o melhor jogador, o artilheiro, e o irmão, Juninho, a grande revelação. O mosquito foi contratado no início de 2012 pelo Cruzeiro, que logo o emprestou ao Uberlândia, onde teve que fazer gol e garantir a vitória como goleiro, ao substituir Glaysson, expulso, e com todas as substituições já feitas.

BRUNO HENRIQUE passou pelo Itumbiara e pelo Goiás, abrindo a Série A do Brasileiro de 2015, no 0 x 0 com o Vasco, em São Januário. Em janeiro de 2016, Alemanha. Vendido por 4.500 mil euros, assinou até junho de 2019 com o Wolfsburg, voltou em janeiro de 2017, comprado por 4 milhões de euros pelo Santos. Foi artilheiro com 18 gols (8 no Brasileiro), e 2º em assistências (11), depois de Gustavo Scarpa (17).

A VIDA DE BRUNO HENRIQUE mudou de vez para melhor em 22 de janeiro de 2019, quando o Flamengo pagou R$23 milhões ao Santos e ainda cedeu o volante Jean Lucas. Ele se tornou o 1º da história do Flamengo a fazer 2 gols no Botafogo, na estreia, quatro dias depois; no Fluminense e no Vasco, no mesmo ano e em um só jogo. Em 2019, melhor jogador e campeão carioca, e melhor da Libertadores, que o Flamengo voltou a ganhar 38 anos depois.

BRUNO HENRIQUE, Rei da América de 2019, com 5 gols e 5 assistências em 13 jogos. Terminou 2019 com três gols nos 4 x 1 no Corinthians, e com três gols no Ceará. Em 2020, o 100º jogo com a camisa rubro-negra, nas oitavas de final da Libertadores com o Racing. Em 2021, top 10 de artilheiro do Brasileiro com 28 gols. O gol 100 da carreira (55º pelo Flamengo) foi nos 2 x 0 no Vasco, no Maracanã, dia 4 de fevereiro.

TRICAMPEÃO CARIOCA 2019-20-21. Campeão brasileiro (2019/2020). Campeão da Supercopa do Brasil (2020/2021). Campeão da Libertadores (2019/2022). Campeão da Recopa Sul-Americana (2019/2020). Craque do Campeonato Brasileiro (2019). Tudo isso foi excelente, maravilhoso, provocou emoção e lágrima. Nada, no entanto, será melhor que a volta, neste domingo especial de Páscoa, ao completar 186 jogos com a camisa do Flamengo. Bom retorno, Bruno Henrique.

Fotos: Divulgação / Coluna do Fla / OneFootball