O Atlético Mineiro confirmou a contratação de Rafael Dudamel, ex-goleiro e técnico da Venezuela, para dirigir seu time. Pior do que nada ter conseguido em 2019, com campanhas pífias, o Atlético decidiu retroceder em 2020. Dudamel não pode fazer o Atlético pensar em nada melhor.

RETROSPECTO – O muito que se pode extrair do retrospecto do novo técnico do Atlético, é que ele foi bom goleiro, guardadas as devidas proporções do futebol da Venezuela, e chegou até a se inspirar em Rogerio Ceni para marcar 21 gols nos 404 jogos que disputou de 1989 a 2010 pela seleção.

ÚNICA SEM COPA – Números e campanhas deixam claro, ao longo dos anos, que o futebol da Venezuela quase nada evoluiu. Não à toa, o único da América do Sul que jamais se classificou para a Copa do Mundo. Salvam-se individualidades, mas em termos de times e seleção, o zero à esquerda continua a deixar o futebol venezuelano em último plano.

A VENEZUELA já fez treze tentativas em eliminatórias, a primeira em 1966 e a última em 2018, mas nunca conseguiu se classificar para a Copa do Mundo. Ficou em último lugar na mais recente, em 2018, com apenas duas vitórias, seis empates e dez derrotas. Seu número mais favorável foi o quarto lugar na Copa América de 2011.

O ATLÉTICO está embarcando no modismo do técnico estrangeiro, mas sem se importar com a qualidade da escolha. Rafael Dudamel, do frágil futebol venezuelano, pode acabar sendo, em tempo mais curto do que os dirigentes imaginam, um grande problema. Exigentes e imediatistas, como a maioria dos torcedores de todos os clubes, os do Atlético não deverão ter tanta paciência.

Foto: Rafael Fox Sports