O retrospecto anima o Flamengo para o primeiro dos dois jogos consecutivos fora de casa, amanhã (12), com o Atlético Goianiense, e domingo (16), com o Coritiba, após a estreia ruim, em que perdeu (1 x 0) para o Atlético Mineiro, na primeira derrota no Maracanã, desde 1 de dezembro de 2018, para o Athletico Paranaense (2 x 1). De volta à Série A, depois de dois anos, o único rubro-negro Atlético Goianiense perdeu todos os sete jogos com o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro.
DE VIRADA – O primeiro Flamengo x Atlético Goianiense, pelo Campeonato Brasileiro, em 16 de outubro de 1986, no Maracanã, terminou com a virada (2 x 1), ainda no primeiro tempo e com os três gols em nove minutos. Palhinha fez 1 x 0 aos 26, e a reação do Flamengo foi rápida, com dois gols do meia amazonense Gilmar Popoca, aos 33 e 35 minutos. Time – Zé Carlos, Jorginho, Guto, Mozer e Aldair; Andrade, Ailton e Gilmar Popoca; Bebeto, Kita e Marquinho. O Flamengo terminou em décimo terceiro, com 32 pontos, a 15 do São Paulo, campeão com 47.
MAIS SEIS – Desde então, os outros seis jogos foram bem intervalados. Em 2010, o Flamengo venceu (2 x 1) em Goiânia, em julho, e 2 x 0 no Maracanã, em outubro. Após dois anos, o Flamengo ganhou (3 x 2) no Maracanã, em julho, e 2 x 1, em Goiânia, em setembro de 2012. Os dois últimos jogos pelo Campeonato Brasileiro foram em 2017, Flamengo 3 x 0, em 20 de maio, no Serra Dourada, em Goiânia, e Flamengo 2 x 0, dia 19 de agosto, no Maracanã.
BOA CHANCE – Artilheiro do time em 2019, com 43 gols em 59 jogos, Gabriel Barbosa mantém a média de 0,73 em 2020, com 11 gols em 15 jogos, e terá amanhã (12) boa chance de voltar a marcar, o que não aconteceu nos últimos cinco jogos, em que apareceu mais pelas nove assistências. Bom lembrar: em 2019, antes do primeiro dos 43 gols que marcou em 59 jogos, ele ficou 368 minutos sem balançar as redes. Nem sempre os artilheiros acertam o caminho do gol.
MUITO CEDO – Não cabe ainda nenhuma avaliação sobre o trabalho do técnico Domènec Torrent, com apenas quatro dias de treinos antes da estreia. O Flamengo perdeu do Atlético Mineiro em lance infeliz do lateral Filipe Luis, que merecia melhor presente de aniversário, mas em linhas gerais a apresentação não foi ruim. O time marcou bem, ocupou os espaços com inteligência e só faltou mais criatividade. Nada que não possa vir a ser ajustado com a sequência dos jogos.
OBJETIVOS – O Atlético Goianiense, que deveria ter estreado como visitante, mas o jogo com o Corinthians foi adiado pelas finais paulistas, estreia com os dois objetivos definidos: permanecer na Série A e, se possível, uma vaga na Sul-Americana. O técnico Vagner Mancini, com experiência e boa reputação, vê o campeonato por um ângulo diferente: “Os jogos sem público reduzem a pressão, principalmente nos times visitantes, mas também nos árbitros. Os primeiros jogos mostraram bem isso“.
PARANAENSES – O goleiro Maurício Kozlinski e o artilheiro Renato Kayzer, ambos paranaenses, são as figuras do Atlético Goianiense que volta à Série A. De família polonesa, Kozlinski é um goleiro de 29 anos, 1,91m, natural de Antonio Olinto, município a 142 km de Curitiba, e Renato Kayzer, de 24 anos, 1,80m, é de Tupãssi, a 530 km de Curitiba. Formou-se na base do Santos e do Vasco, joga no Atlético Goianiense, emprestado pelo Cruzeiro. É uma esperança de muitos gols.
ARBITRAGEM – Segundo jogo do Flamengo com árbitro paulista, amanhã (12), em Goiânia. Luiz Flavio Oliveira, da FIFA, saiu-se bem na final Palmeiras x Corinthians, assim como Raphael Claus não ouviu reclamação depois de Flamengo x Atlético Mineiro. O Flamengo fará o segundo jogo consecutivo fora do Rio, domingo (16), no estádio Couto Pereira, com o Coritiba, também de volta à Série A, em seu segundo jogo em casa, onde estreou sábado (8) perdendo (1 x 0) para o Internacional. Amanhã (12), o vice-campeão paranaense, dirigido pelo carioca Eduardo Barroca, de 38 anos, técnico mais jovem do campeonato, jogará em Salvador com o Bahia.
Foto: Imirante.com