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A decisão do título, que só será possível com vitória do Internacional, desvia a atenção dos dois outros rebaixamentos, que poderão ser confirmados na penúltima rodada, se o Vasco perder na Arena Corinthians e o Goiás perder na Serrinha. Pelo que mostrou em 36 jogos, com quase o dobro de derrotas, na comparação com as vitórias (9 a 17), e com o alarmante saldo negativo de 19 gols (35 a 54), é pouco provável que o Vasco se livre da dolorosa quarta queda para a Série B.

O Vasco tem pago caro pelas discordâncias políticas, refletidas nas disputas de poder, com influência sempre nefasta para o futebol. A bola de neve crescente das dívidas impede o clube de fazer os investimentos de que precisa para ter uma equipe forte em campo. O analista não diz que o time é fraco; é o time que manda o analista dizer, pelo que mostra em campo. Os torcedores vascaínos equilibrados sabem que o elenco do Vasco é fraco, muito abaixo da história de conquistas do clube.

Trocar de técnico é um paliativo. No atual campeonato, o Vasco teve três, sem contar interino, e nenhum foi capaz de fazer o time rodar porque o time não ajuda. O nível dos jogadores do Vasco é bem abaixo do que o Vasco precisa e merece. Quando recuperar união e força, como clube de primeira grandeza que sempre foi, o Vasco poderá voltar a ter um futebol forte, com equipe capaz de disputar títulos, e não de se debater até os últimos minutos para evitar a humilhação de outro rebaixamento. O torcedor vascaíno não merece.

Foto: Agencia Brasil