COM O RECORDE DE PÚBLICO da Série B de 2022 garantido por sua imensa torcida, o Vasco volta ao Maracanã, em um domingo de esplendor e festa, no jogo com o Cruzeiro. Um domingo igual a tantos que protagonizou, desde a inauguração, em que teve o primeiro artilheiro e ganhou o primeiro Campeonato Carioca em 1950, ano em que foi base da seleção na primeira Copa do Mundo no Brasil.
QUEM CONHECE A BELA HISTÓRIA DE 124 ANOS, que o Clube de Regatas Vasco da Gama completará em 21 de agosto, sabe que foi feita, e mantida, com alma e coração. Quando o Vasco foi exigido a ter um estádio para disputar a primeira divisão, os vascaínos compraram o terreno e ergueram São Januário em 10 meses. Em abril de 1927, São Januário tornou-se o maior da América do Sul, até o Maracanã ser inaugurado em 1950.
CAUSA ESTRANHEZA QUE O MARACANÃ tenha quase triplicado o valor do aluguel, de R$90 mil para R$250 mil, para o Vasco jogar domingo (12) com o Cruzeiro, tanto quanto tirar do Vasco o direito de participação no lucro das vendas dos bares do estádio. Se não bastasse, o Vasco foi impedido de estender a faixa “Desde 1898, o legítimo clube do povo. Respeito, igualdade e inclusão”.
ACIMA DE TUDO, UMA AÇÃO DISCRIMINATÓRIA, que o Vasco precisa rebater com toda a veemência. Que os vascaínos de agora, com o apoio irrestrito da diretoria, que não pode se omitir, sob qualquer pretexto, revivam os vascaínos do século passado e ampliem São Januário, mostrando que o Vasco tem torcida e sempre teve estádio. O que fizeram no CT Moacyr Barbosa é o melhor exemplo de sua força e de seu amor.
Foto: André Durão / GloboEsporte.com