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FEZ MUITO BEM O TÉCNICO JOSÉ RICARDO em pedir demissão do Vasco, que deixa classificado e como único invicto para a volta à Série A em 2023, 4º colocado, 4 vitórias, 6 empates. A proposta do Japão, com certeza mais vantajosa, há de ter sido decisiva, somada ao clima mais tranquilo que vai encontrar, mas foi o Vasco, com os ataques e até ofensas de torcedores, que pediu para o técnico sair.  

DESDE LOGO, REPITO O QUE TENHO ESCRITO assim que a Série B de 2022 começou: o elenco do Vasco é fraco, ressalvando-se a individualidade de poucos que escapam da mediocridade. José Roberto e sua comissão técnica conseguiram fazer a equipe evoluir, dentro do possível e de suas limitações, mas as cobranças queriam que o Vasco jogasse como se fosse um supertime recheado de grandes valores.

A DOIS DIAS DE JOGO COMPLICADO com o Náutico, fora de casa, onde ainda não venceu, o Vasco pode começar a sentir os efeitos da saída do técnico, consenso entre os jogadores. O Náutico está motivado pela virada no Brusque, subiu para o 9º lugar, e pode ficar a três pontos do Vasco, além de ser ameaça à invencibilidade. A seguir, o Cruzeiro, líder disparado. No Maracanã, a decepção pode ser ainda maior.

BOM DIZER: JOSÉ RICARDO ficou seis meses no Vasco, com 12 vitórias, 8 empates, 5 derrotas. Os jogadores lamentam a saída e elogiam sua correção e seus métodos modernos de trabalho. No Japão, a missão é tirar o Shimizu S-Pulse do rebaixamento – 16º entre os 18, com 13 pontos em 16 jogos, 2 vitórias, 7 empates, 7 derrotas – e iniciar a reformulação do clube mais novo do futebol japonês, fundado em 1991.

ENQUANTO OS INTERINOS comandam no jogo de depois de amanhã (7) com o Náutico, o Vasco analisa o perfil do novo técnico, antes de receber o Cruzeiro, no próximo domingo (12), no Maracanã. O tempo é curto, mas nem por isso a decisão deve ser apressada. Em 2021, o Vasco teve quatro técnicos e não conseguiu voltar à Série A. Em 2022, em 4º, invicto, estava no bom caminho. Às vezes, o tiro pode sair pela culatra.

Foto: Lance!