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O Flamengo sofreu a segunda derrota nas últimas onze estreias no Campeonato Brasileiro, ao perder (1 x 0) para o Atlético Mineiro na tarde deste domingo (9), no Maracanã, onde em 2019, quando voltou a ser campeão depois de nove anos, venceu (3 x 1) o Cruzeiro. Desde 2010, o Flamengo acumula seis empates e só ganhou três dos onze jogos de sua estreia. O técnico Domènec Torrent, de 58 anos, disse que “o time sentiu muito a falta da sequência de jogos, embora tenha feito boa atuação”.

POUCA SORTE – No dia em que completou 35 anos, o lateral-esquerdo Filipe Luis teve a pouca sorte de fazer o primeiro gol contra da carreira, ao desviar o cruzamento da linha de fundo do também lateral-esquerdo Guilherme Arana, aos 24 do primeiro tempo. Pouco antes, o Flamengo havia perdido chance clara de gol, quando Bruno Henrique, após passar pelo goleiro e ficar sem ângulo, acertou a trave. Ele poderia ter passado a bola para Gabriel, que estava livre e com certeza faria o gol.

INVICTO – Vice-campeão brasileiro em 2019 com o Santos, o técnico Jorge Sampaoli, de 60 anos, manteve a invencibilidade no Atlético Mineiro, com a quinta vitória em seis jogos. Ele vê o time evoluindo, embora ainda bem distante do ideal: “Preciso corrigir marcação, posicionamento da defesa e saída mais rápida para o ataque” – disse o treinador argentino, que usou três das cinco substituições de uma só vez. Sampaoli tem elogiado o ex-vascaíno Marrony, recém contratado.

TRÊS ZAGUEIROS – Para aumentar a marcação e reduzir os espaços do Flamengo, o Atlético iniciou com três zagueiros – Gabriel, Igor Rabello e Junior Alonson -, mas a falta dura de Gabriel, que levou o primeiro amarelo, ao atingir Bruno Henrique, fez o técnico mudar o esquema na volta do intervalo. Gabriel perdeu o empate aos 4 minutos e pediu pênalti, mas o árbitro não mudou de ideia depois de consulta ao VAR, porque o atacante do Flamengo não sofreu falta de Junior Alonso.

CARTÕES – Raphael Claus, árbitro paulista de 40 anos, cotado para a Copa do Mundo de 2022, teve atuação segura. Puniu bem as faltas e advertiu com cartão amarelo o técnico Sampaoli, sempre reclamando muito, aos 18 minutos, e o zagueiro Gabriel, aos 43, por entrada dura em Bruno Henrique. No segundo tempo, os cartões foram para Bruno Henrique, por falta dura em Guga, aos 19, e Pedro, aos 49, por entrada mais forte no lateral Guga. 

COPA 2014 – Bom lembrar: antes do gol contra de Filipe Luis, o último lateral-esquerdo de alto nível a fazer gol contra foi Marcelo, na estreia da seleção na Copa de 2014, logo aos 11 minutos, na Arena Corinthians. Menos mal que veio a virada (3 x 1) sobre a Croácia, com dois gols de Neymar e o terceiro de Oscar, nos acréscimos. O lance de Filipe Luis foi de menos sorte que o de Marcelo, que ainda teve tempo para corrigir o erro, mas acabou empurrando a bola ainda mais para o fundo do gol.

FLAMENGO – Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Leo Pereira e Filipe Luis; Arão, Gerson (Vitinho), Everton Ribeiro (Michael) e Arrascaeta (Pedro); Bruno Henrique e Gabriel. O segundo jogo será quarta (12), em Goiânia, com o Atlético Goianiense, que fará a estreia, de vez que o jogo de ontem (9) com o Corinthians teve que ser adiado, devido à decisão do Campeonato Paulista.

ATLÉTICO – Rafael, Guga, Gabriel (Jair), Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan, Franco (Hyoran) e Nathan (Keno); Savarino (Bueno) e Marquinhos (Marrony). O Atlético Mineiro entrou muito modificado, mas isso faz parte do plano do técnico. Sampaoli gosta do revezamento, que entende ser bom para aumentar o rendimento da equipe e criar mais oportunidades para todos os jogadores. O Atlético fará o segundo jogo, quarta (12), com o Internacional, em Porto Alegre.

AS ESTREIAS -Desde 2010, os jogos de estreia do Flamengo: 2010 – 1 x 1 com São Paulo. 2011 – 4 x 0 no Avaí. 2012 – 1 x 1 com o Sport. 2013 – 0 x 0 Santos, despedida de Neymar, em Brasília. 2014 – 0 x 0 Goiás. 2015 – 1 x 2 São Paulo. 2016 – 1 x 0 no Sport. 2017 – 1 x 1 com Atlético Mineiro. 2018 – 2 x 2 com Vitória. 2019 – 3 x 1 no Cruzeiro. 2020 – 0 x 1 Atlético Mineiro. Agora, Flamengo e Atlético dividem o retrospecto no Brasileiro, com 25 vitórias e 15 empates em 65 jogos.

Foto: Alexandre Vidal / Flamengo