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Entre os mais vitoriosos e consagrados do futebol , o nome de Mario Jorge Lobo Zagallo, que nesta sexta, 9 de agosto de 2019 completa 88 anos, está na linha de frente, como ele ocupou nos ataques de 58 e 62 – titular em todos os jogos -, na única seleção brasileira duas vezes consecutivas campeã do mundo.

O PRIMEIRO – Nascido sob o signo das grandes conquistas, Zagallo tornou-se em 1970 o primeiro da história do futebol mundial, campeão como jogador e técnico, ao comandar a primeira seleção brasileira campeã do mundo com vitória em todos os jogos. 20 anos depois, o alemão Franz Beckenbauer, capitão dos campeões do mundo de 1974, sentiu-se nas nuvens: “Que honra! Agora sou igual ao Zagallo, campeão como jogador e técnico”, disse Beckenbauer após ganhar a Copa de 1990.

NA SELEÇÃO, o vitorioso e consagrado Zagallo fez 38 jogos – 28 vitórias, 4 empates, 2 derrotas – desde a estreia, em 4 de maio de 58 – 5 x 1 no Paraguai – até os 4 x 0 no Peru, na despedida em 7 de junho de 64. Além do bi Mundial, Taça Oswaldo Cruz (58, 61 e 62), Taça O’Higgins (59 e 61), Taça do Atlântico (60) e Copa Roca (63). Marcou 5 gols nos 38 jogos.

COMO TÉCNICOZagallo é o recordista absoluto no comando da seleção: 135 jogos – 99 vitórias, 26 empates, 10 derrotas -, desde a estreia em 19 de setembro de 1967 – 1 x 0 no Chile, em amistoso – até 12 de junho de 1998, na final (0 x 3 com a França), em que se tornou o único a dirigir a seleção em três Copas, depois de ser o primeiro em duas consecutivas (70-74).

Zagallo, comentarista da TV Manchete na Copa de 90, com o repórter Deni Menezes, na entrada do Comitê de Imprensa, em Roma.

ZAGALLO CAMPEÃO, também como técnico, da Copa Roca (1971), Copa Independência (1972, quando foram comemorados os 150 anos da Independência do Brasil), e da Copa América e Copa das Confederações, em 1997.

COORDENADOR-TÉCNICO campeão do mundo em 1994, Zagallo exerceu a função de 1991 a 2004, em 72 jogos, com 39 vitórias, 25 empates, 8 derrotas), além de ter sido técnico da seleção olímpica em 19 jogos, em 1966, com 14 vitórias, 3 empates, 2 derrotas.

TIVE A HONRA de seguir Zagallo em 61-62, bicampeão carioca – Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo e Zagallo, era covardia! – e depois bicampeão como técnico, em 67-68, comandando outro ataque notável: Rogério, Gérson, Roberto, Jairzinho e Paulo Cezar.  Bom lembrar: em 61 – 18 vitórias, 6 empates, 1 derrota, 54 gols -; em 62 – 17 vitórias, 5 empates, 2 derrotas, 49 gols. Em 67 e 68 – 15 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 70 gols. Cobri como repórter o trabalho dele nas Copas de 1970 a 1994.

A ÚNICA VEZ em que não estive em Copa do Mundo com Zagallo, na área técnica, foi em 1990, quando ele comentou a Copa na Itália pela Rede Manchete. A foto em que estamos ladeando o painel vertical, foi feita em Roma, antes de subirmos para o Centro de Imprensa, onde Zagallo convivia sempre muito bem com seus “novos colegas” jornalistas.

AS CONQUISTAS de Zagallo, para quem não se lembra, não se restringem aos títulos que ganhou como jogador e técnico do Botafogo e da seleção.

1 – Tricampeão carioca no Flamengo em 53-54-55 e como técnico em 72 e 2001, quando ganhou também a Copa dos Campeões, em seu último ano como treinador.

2 – Campeão carioca no Fluminense como técnico em 1971, na época em que vitória valia dois pontos. Faltando três rodadas, o Botafogo tinha cinco pontos à frente e perdeu os três últimos jogos, incluída a final (1 x 0, gol de Lula) com o Fluminense de Zagallo.

3 – Primeiro dos técnicos brasileiros no então futebol dos petro-dólares, Zagallo abriu as portas para outros profissionais de sua área no chamado mundo árabe. Foi campeão da Arábia Saudita em 1979 com o Al-Hilal e campeão da Copa da Ásia em 1984 com a seleção da Arábia Saudita. Treinou também a seleção do Kuwait.

13 DA SORTE DE ZAGALLO – Supersticioso ao extremo, Zagallo adotou o 13 porque sua  esposa Alcina era devota de Santo Antonio, cuja festa é no dia 13 de junho. Ele cita o 13 e outros 13 exemplos, bem à sua maneira de falar sobre o seu número de sorte.

1 – Seu casamento foi no dia 13 de janeiro de 1955.
2 – Sua estreia no Botafogo foi no dia 13 de julho de 1958: 2 x 1 no Fluminense.
3 – Nos 5 x 2 na França, na semifinal de 1958, foi a vitória 13 do Brasil em Copas do Mundo.
4 – O Brasil venceu as semifinais de 1962 em 13 de junho e as de 1994 em 13 de julho.
5 – Seu último título mundial em 1994 foi nos Estados Unidos, que têm 13 letras.
6 – Estreou como técnico campeão carioca no Botafogo em 67. 6 + 7 = 13.
7 – A estreia como técnico em 1970 foi em seu jogo 13 em Copas do Mundo.
8 – Umbro e Coca-Cola, patrocinadores da seleção campeã em 1994, somadas, 13 letras.
9 – Roberto Baggio, chutou o último pênalti da final de 1994, por cima, tem 13 letras.
10 – Tetracampeões, como os que ganharam a Copa de 1994, têm 13 letras.
11 – Brasil 3 x 2 Romênia, terceiro jogo da Copa de 70, foi sua vitória 13 na seleção.
12 – A bandeira dos Estados Unidos, onde ganhou sua última Copa, tem 13 listras.
13 – A soma dos dois últimos dígitos de sua primeira Copa como campeão é igual a 13. 5 + 8. E a soma dos dois últimos dígitos de seu último título mundial, também: 9 + 4 = 13.

Fotos: Ari Gomes, Pinterest, These Football Times, O Gol, Goal.com, Muzeez, De Letra na Copa, Tribuna no Norte, Youtube, Trivela, Não Acredito Blog, Lance, Maranhão Hoje, CBF e Folha – UOL e Arquivo pessoal de Deni Menezes.