O Fluminense acertou com Oswaldo de Oliveira, que reencontra na volta ao clube, após 13 anos, o vice-presidente que em 2006 queria interferir na escalação do time, na época faustosa do plano de saúde, que o afastou por gerir mal os recursos da empresa. É o mesmo que exerceu forte pressão, até conseguir que Fernando Diniz fosse demitido.
TERCEIRA VEZ – Oswaldo de Oliveira já havia dirigido o Fluminense em 2001 e 2002, quando levou o time às semifinais do Campeonato Brasileiro. Voltou em 2006 e deixou a equipe em quinto lugar, mas o declínio foi tão acentuado que o Fluminense só conseguiu escapar do rebaixamento na última rodada.
É A MISSÃO que terá agora, em 2019, ao assumir o time em antepenúltimo lugar, com 12 pontos, só com três vitórias em quinze rodadas – nove derrotas e três empates – e com a segunda defesa mais vazada (25), a única a sofrer gol do CSA, penúltimo, como visitante. O Fluminense só tem mais um ponto que o CSA (11) e mais quatro que o lanterna Avaí (8), único que ainda não venceu.
OBSERVADOR –De acordo com a informação do clube, Oswaldo de Oliveira será apenas observador no jogo de amanhã (22), na Arena Corinthians, o primeiro das quartas de final da Copa Sul-Americana. Como já estava estabelecido, o time será orientado no jogo com o Corinthians pelo ex-volante Marcão, 47 anos, campeão brasileiro da Série C em 99 e carioca em 2002 e 2005.
OSWALDO DE OLIVEIRA, carioca de Padre Miguel, 68 anos, sagitariano de 5 de dezembro de 1950, começará a moldar o time à sua maneira, após as observações no jogo de amanhã (22) com o Corinthians. Como o jogo da décima sexta rodada com o Palmeiras só será dia 10 de setembro, ele terá tempo para o jogo com o Avaí, no Maracanã, dia 31.
QUANDO VOLTAR a dirigir o time, Oswaldo de Oliveira estará completando 78 jogos no Fluminense. Em suas duas passagens anteriores – 2001/2002 e 2006 -, o aproveitamento foi de 58,4%, com 38 vitórias, 18 derrotas e 21 empates em 77 jogos. O resumo é superior ao que conseguiu no Flamengo, com 44,7% – 17 vitórias, 15 derrotas e 6 empates, em 38 jogos.
ÚNICO TÍTULO – Oswaldo de Oliveira foi o primeiro a dirigir os quatro grandes de São Paulo e do Rio. Só conseguiu um título de campeão carioca, em 2013, no Botafogo, que comandou em 135 jogos – 64 vitórias, 31 derrotas, 38 empates -, com 57,6% de aproveitamento. No Vasco, no segundo semestre de 2000, saiu antes das finais da Copa Mercosul, após se desentender com o então presidente Eurico Miranda (1944 – 2019).
MELHOR FASE – O novo técnico do Fluminense viveu sua melhor fase de janeiro a junho de 2000 no Corinthians, campeão paulista, brasileiro e mundial de clubes, em que venceu o Vasco, nos pênaltis, no Maracanã. Foi o primeiro Mundial de clubes reconhecido pela FIFA. Em julho de 2000 foi para o Vasco, mas saiu antes das finais da Copa Mercosul, devido ao atrito com o presidente Eurico Miranda (1944 – 2019).
OSWALDO DE OLIVEIRA foi técnico também do Santos, Palmeiras, Atlético Mineiro, Cruzeiro e Vitória. Indicado por Zico, dirigiu o Kashima Antlers, superando o início ruim de cinco jogos sem vitória, e terminou como campeão japonês, com nove vitórias seguidas, recorde do time na vitoriosa temporada de 2007.
FERNANDO DINIZ – O ex-técnico do Fluminense deverá receber convite do Santos para dirigir as divisões de base. Foi o que disse o presidente José Carlos Moura, que hoje (21) terá conversa com o ex-técnico Paulo Autuori, hoje diretor de futebol. É possível que outro convite seja feito a Fernando Diniz para integrar a comissão técnica das divisões de base da seleção brasileira, de acordo com o coordenador-técnico Branco, lateral campeão do mundo em 94.
Foto: Jornal Diário do Aço