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Só os caprichos do futebol não permitem que se crave a presença do Palmeiras, no próximo dia 30, no Maracanã, na segunda final em jogo único da Libertadores. Mas, pelo que se viu na noite de ontem (5), quando venceu (3 x 0) o River, em Buenos Aires, a volta do campeão paulista à decisão, depois de 21 anos, é quase certa, com a vantagem de poder perder por dois gols, na próxima terça (12), em São Paulo. É a quinta final do Palmeiras, campeão só uma vez, em 1999.

RECORDISTA – O Palmeiras é o time brasileiro recordista de vitórias na Libertadores, ao completar 195 jogos nos 3 x 0 sobre o River, com 107 vitórias, 36 empates e 52 derrotas, e saldo de 156 gols (362 a 206). O campeão paulista também superou seu próprio recorde de invencibilidade na Libertadores, com 11 jogos, depois de 9 vitórias e 2 empates na atual campanha. E mais: impôs ao River, vice-campeão de 2019, a primeira derrota em Buenos Aires, depois de dezoito meses.

CONTRA-ATAQUE – O Palmeiras já esperava a pressão inicial do River e se fechou bem, limitando-se aos contra-ataques, até Rony fazer 1 x 0 aos 28 minutos, em seu quinto gol nos últimos seis jogos, com chute forte no canto direito do goleiro Armani, que rebateu com o pé o chute de Marcos Rocha. O Palmeiras chegou aos 2 x 0, aos 31, mas o gol de Gustavo Scarpa foi bem anulado por impedimento de Luiz Adriano. Fernandez, do River, acertou o travessão, aos 43, em cobrança de falta.

ARRANCADA – Na volta do intervalo, o Palmeiras praticamente liquidou o jogo aos 2 minutos, em grande arrancada de Luiz Adriano do grande círculo, tocando entre as pernas do goleiro, em seu sexto gol em seis jogos na Libertadores. A expulsão do meia Carrascal, aos 15, por um pontapé em Gabriel Menino, deixou o Palmeiras ainda mais seguro para chegar aos 3 x 0, logo dois minutos depois, com o desvio de cabeça do lateral uruguaio Matias Viña, após cobrança de falta de Gustavo Scarpa.

WEVERTON, Marcos Rocha, Alan Empereur, Gustavo Gomez e Matias Viña; Danilo (Zé Rafael), Patrick de Paula (Emerson) e Gabriel Menino; Rony (Breno), Luiz Adriano (Willian) e Gustavo Scarpa (Raphael Veiga) – o time do Palmeiras, que repetiu na noite de ontem, 5 de janeiro de 2021, o placar da vitória (3 x 0) da noite de 26 de maio de 1999, no antigo estádio Palestra Itália, onde venceu o River, no segundo jogo da semifinal, depois de perder o primeiro (1 x 0), em Buenos Aires.

ARMANI, Montiel, Rojas, Pinola e Casco (Girotti); Enzo Perez (Paulo Diaz), Fernandez (Alvarez), De La Cruz e Carrascal; Matias Suarez (Ponzio) e Rafael Borré – o time do River, que vai ao Allianz Parque, na próxima terça (12), com a obrigação de ganhar por quatro gols, ou pelo menos de vencer por três, para decidir em pênaltis. Nas últimas seis semifinais da Libertadores, o time do técnico argentino Marcelo Gallardo participou de cinco e ganhou quatro.

OITO CARTÕES – O árbitro Leodan Gonzalez, da Associação Uruguaia de Futebol, teve atuação correta. Anulou bem o gol de Gustavo Scarpa; expulsou com acerto o meia Carrascal, que deu um pontapé em Gabriel Menino, e aplicou cartão amarelo em De La Cruz e Ponzio, e Danilo, Gustavo Gomez, Patrick de Paula, Emerson e no técnico português Abel Ferreira. River 0 x 3 Palmeiras apresentou alguns lances duros, pegados, mas não chegou a ser um jogo desleal.

Foto: Yahoo Esportes