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A primeira terça de junho pode ser um dia de muito alívio para os clubes brasileiros, sufocados pelo novo coronavírus. Todos aguardam com expectativa a votação de hoje (2), na Câmara dos Deputados, do projeto de lei que prevê a suspensão dos pagamentos de dívidas durante o período de recesso prolongado do futebol. Se for aprovado, estarão suspensos os parcelamentos de débitos dos clubes à Receita Federal, à Procuradoria-Geral da Fazenda e ao Banco do Brasil, todos previstos no Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut).

BOM EFEITO – O deputado autor da proposta argumentará, antes que a matéria seja submetida à votação, que os clubes ficaram muito prejudicados com a suspensão dos jogos e tiveram a grande fonte de receita diminuída, em virtude das medidas de isolamento social, que, entre outras coisas, impedem torcedor no estádio. A decisão pode ter efeito favorável, um dia depois de o Brasil registrar mais 623 mortes nas últimas 24 horas, elevando para 526.447 os casos confirmados e as mortes para 29.937. Desde 28 de abril, o Brasil está entre os países que mais registram casos diários.

BRASILEIRO – Os clubes ainda aguardam a posição da Confederação Brasileira de Futebol sobre o início do campeonato nacional, que depende de os campeonatos estaduais serem finalizados. A expectativa é maior por parte dos que também estarão envolvidos nas Copas Libertadores e Sul-Americana. A Conmebol já sinalizou que planeja dar sequência à Libertadores em setembro, admitindo que a disputa seja estendida até o início de 2021, de vez que os jogadores já tiveram férias. A CBF tem mantido posição de equilíbrio, reafirmando que depende do parecer das autoridades de saúde.

Foto: Daniel Castelo Branco