O Flamengo ainda não anunciou como certa a ausência de Bruno Henrique na final de amanhã (26) da Recopa Sul-Americana. A equipe médica intensifica o tratamento nos três períodos e o jogador mantém o otimismo.  Mas, por enquanto, permanece apenas a expectativa de que possa se recuperar. Seria muito bom para o time, que assim só ficaria sem Rodrigo Caio, perda significativa, que tira parte muito importante da segurança da defesa.

GABRIEL e BRUNO HENRIQUE, artilheiro e vice do Brasileirão que o Flamengo ganhou com brilho, somaram 46 gols dos 86 do ataque mais positivo do campeonato de 2019, em que a superioridade se sobressaiu, quando ainda faltavam quatro rodadas para o final. Bom lembrar: só o Grêmio (64), Palmeiras (61), Santos (60), Athletico (51) e Fortaleza (50), nessa ordem, fizeram mais gols que a soma dos 25 de Gabriel e dos 21 de Bruno Henrique. 

GABRIEL NÃO FEZ O JOGO DE IDA, cumprindo suspensão da expulsão na final da Libertadores, quando marcou os dois gols que tiraram o Flamengo da fila de espera de trinta e oito anos. Bruno Henrique, ainda incerto na final de amanhã (26), no Maracanã, deixou sua marca nos 2 x 2 no Equador, superando com suas passadas largas, difíceis de serem acompanhadas, a tão temível altitude de 2.850 metros de Quito.

PODE SER A PRIMEIRA VEZ, desde o início, que o Flamengo não conte com Bruno Henrique e Gabriel. São parceiros que se completam com muita simplicidade, sem que se tenha observado, até hoje, qualquer demonstração de um ou outro querer se sobressair. Ainda não fiz a estatistica de quem mais deu assistência, mas creio que a bandeja deve estar na mão de Bruno Henrique. Em termos de precisão nos passes, vejo-o um pouco melhor que Gabriel.

O TÉCNICO DO FLAMENGO, que mostra critério desde o início do trabalho, preferiu iniciar em Quito com Diego, “por estar há mais tempo no grupo e, portanto, mais entrosado”, argumento, a meu juízo, válido. Vejo em Diego, o mais regular entre os mais antigos do grupo, e ainda com fôlego para o vaivém. É possível, a se confirmar a ausência de Bruno Henrique, que a opção de amanhã (26) seja Pedro e não Diego. Com certeza, o técnico saberá escolher.

NÃO SEI EXATAMENTE se há consenso entre os torcedores em torno do tema. Por isso, a pergunta fica no ar. Quem faz mais falta: Bruno Henrique a Gabriel ou Gabriel a Bruno Henrique? Só parece não haver dúvida quanto a que, sem os dois juntos, o ataque não rende tanto e o caminho do gol fica um pouco mais distante. A conferir.

Foto: Divulgação / Conmebol