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Gabriel parecia absoluto como artilheiro do Brasileirão, pelo segundo ano consecutivo, mas os três gols de Bruno Henrique, na noite de ontem (27), deixaram em aberto o prêmio da Chuteira de Ouro de 2019. A diferença foi reduzida a um gol e a decisão ficou para os três jogos finais.

OS TRÊS GOLS – Bruno Henrique fez três gols em um jogo pela segunda vez no Brasileirão 2019. A primeira, no domingo, 4 de novembro, foi no 4 x 1 imposto ao Corinthians, também no Maracanã. A passada de Bruno Henrique impressiona e é raro que seja alcançado durante uma arrancada bem vertical na direção do gol. 

QUAL DOS TRÊS? – Não é fácil, para quem vê o futebol com os olhos do equilíbrio, escolher o gol mais bonito. Eu, por exemplo, que vejo e revejo quantas vezes sejam necessárias, fiquei sem saber qual foi o mais bonito dos três que Bruno Henrique marcou na noite de ontem (27).

NO PRIMEIRO, que valeu o empate aos 20 minutos, Bruno Henrique teve muita atenção no lance. O cruzamento do Renê, com leve desvio do Lincoln, deu-lhe a chance de se antecipar bem ao goleiro. No segundo, era preciso interpretar bem o lançamento do Arrascaeta e isso Bruno Henrique soube fazer. E no terceiro, era preciso estar atento ao rebote do goleiro quando Arrascaeta bateu a falta. E Bruno Henrique estava.

HAT-TRICK – Ao contrário do que muitos imaginam, a expressão hat-trick não é nova e nem só aplicada ao futebol, quando um jogador faz três gols em um só jogo. No críquete, que remonta ao século 16, no sul da Inglaterra, um esporte praticado com bolas e tacos, a expressão hat-trick vem de 1566. 

FÓRMULA 1 – No esporte que consagrou Ayrton Senna, maior piloto da história de todos os tempos, também se utiliza o hat-trick, mas com outra denominação: pole position, quando o piloto larga na frente, faz a volta mais rápida e vence a corrida.

FUTEBOL – Nas histórias dos três gols em um jogo, o paraguaio Chilavert foi o único goleiro, em 1999, a marcar três gols de pênalti. O meia escocês Ray McKinnon foi o único a fazer três gols de falta, em 1997. Rodrygo, do Real Madrid, foi o primeiro brasileiro a fazer o hat-trick perfeito: pé direito, pé esquerdo e cabeça, em 2019.

BEM ANTIGA – Assim que cheguei de Manaus ao Rio, em janeiro de 1958, ano em que estreei na Rádio Nacional, com Jorge Curi e Antonio Cordeiro -, dois narradores transmitiam o jogo -, o campeonato tinha juvenil, aspirante e profissional. Quando um time ganhava nas três categorias, diziam: fez barba, cabelo e bigode. Era o hat-trick da época, para que os mais novos conheçam e os mais velhos recordem.

Foto: Torcedores