O maior movimento de torcida organizada do futebol carioca, criado quase no final dos anos 70, teve manifestação imediata depois da eliminação do Flamengo, com a derrota da noite de ontem (18), no Morumbi, a terceira que o time sofreu em 18 dias, em três jogos com o São Paulo, com 9 gols sofridos e 2 gols marcados nos 4 x 1, 2 x 1 e 3 x 0. A Raça Rubro-Negra mandou mensagem forte, dura e agressiva em suas redes sociais.

“CHEGOU A HORA DE ACORDAR, custe o que custar. Só quem não pode sangrar é o Clube de Regatas do Flamengo. Prometemos e cumprimos, com apoio total, incondicional. A partir de agora, doa a quem doer, esse time vai jogar. Se ainda não entenderam, faremos entender. A paciência esgotou. Para bom entendedor, meia palavra basta” – diz o texto, conciso, direto, da Raça.

RAÇA RUBRO-NEGRA não é só a maior torcida organizada do Flamengo, mas também do futebol carioca, criada em 24 de abril de 1977, época em que o Maracanã atraía sempre 100 mil, 150 mil torcedores. O nome da torcida foi escolhido pelo primeiro presidente, Claudio Cruz, e seu símbolo marcante o punho cerrado para cima, saindo do mapa do Brasil. No final de 1981, o zagueiro Rondinelli foi adotado como Deus da Raça, pelo gol de cabeça do título carioca, na decisão com o Vasco.

TODOS OS PASSOS do futebol do clube são seguidos pela Raça Rubro-Negra, em condições de entrar em ação a qualquer momento, e quando menos as correntes políticas do clube esperam, para cobrar resultados positivos. As últimas derrotas, nas circunstâncias em que aconteceram, são criticadas com tanta dureza quanto às contratações, de jogador ou de técnico, que o clube não efetua como deveria. Com certeza, a eliminação da Copa do Brasil será tão cobrada quanto os últimos maus resultados do Campeonato Brasileiro.

Foto: Coluna do Fla