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COM DOIS GOLS DE RODRYGO, em dois minutos, o Real Madrid conseguiu a virada mais rápida de sua história, no 2 x 1 sobre o Manchester City, nos 90 minutos, diante de 70 mil torcedores, na noite desta 4ª feira (4), no estádio Santiago Bernabeu. A vaga na 17ª final da Liga dos Campeões, em que poderá ampliar o recorde, com o 14º título, foi obtida na prorrogação com o gol de pênalti do francês Benzema.

O REAL MADRID havia perdido o jogo de ida por 4 x 3 e precisava de vitória por um gol para decidir no tempo extra. O Manchester City tinha a vantagem do empate para disputar a final pela segunda vez consecutiva, e fez 1 x 0, gol do argelino Riyad Mahrez aos 28 do 2º tempo. Rodrygo empatou aos 45 e fez 2 x 1,  desviando de cabeça, aos 46, o cruzamento sob medida do lateral-direito espanhol Carvajal.

LOGO AOS 5 MINUTOS da prorrogação de meia hora, o árbitro italiano Daniele Orsato, de 46 anos, na FIFA desde 2004, foi preciso na marcação do pênalti do zagueiro português Ruben Dias em Benzema, que converteu em cobrança rasteira, rente à trave esquerda, enquanto o goleiro brasileiro Ederson caía para o lado oposto. O único brasileiro advertido com cartão amarelo foi o zagueiro Eder Militão.

ASSIM QUE O JOGO TERMINOU, todos os jogadores do Real Madrid receberam e vestiram a camisa 14, que colocaram sobre a usada no jogo. Estava escrito acima do número: por la 14, referência ao 14º título que o time tentará no jogo único da decisão da Liga dos Campeões 2021-2022, no último sábado (28) de maio, no Stade de France, nos arredores de Paris. Com certeza, com os 81.338 ingressos esgotados.

EXCELENTE A PARTICIPAÇÃO do lateral Marcelo, com incentivo a todos os companheiros e próximo do técnico Carlo Ancelotti à beira do gramado. No final do jogo, ele liderou a corrida dos companheiros do centro do gramado ao fundo dos gols para o “peixinho” de comemoração, e na caminhada em torno do campo aplaudindo os torcedores. Marcelo é muito respeitado, desde que chegou ao Real Madrid em 2007.

REAL MADRID E LIVERPOOL decidirão pela terceira vez, recorde de finais da Champions entre as mesmas equipes. Na primeira, no Parque dos Principes, em Paris, em 1980-81, o Liverpool venceu por 1 x 0, gol de Allan Kennedy. Na segunda, no Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia, o Real Madrid venceu por 3 x 1. Benzema fez 1 x 0, Mané empatou e o galês Gareth Bale marcou o 2º e o 3º gols. 

O TÉCNICO ITALIANO CARLO ANCELOTTI, de 62 anos, é o novo recordista de finais da Liga dos Campeões, participando pela quinta vez de uma decisão e tentando o quarto título. Ele foi campeão no Milan em 2002-03 e 2006-07, e no Real Madrid em 2013-14, e foi o primeiro a ganhar os cinco principais campeonatos nacionais europeus. Na Liga dos Campeões, nunca sofreu três derrotas consecutivas.

CARLO ANCELOTTI tem admiração profunda pelo futebol brasileiro e recorda sempre o título de campeão italiano de 1982-83, que ganhou na equipe da Roma, jogando no meio-campo com Paulo Roberto Falcão, “o mais elegante e técnico com quem tive a honra de atuar”. Ele foi meia campeão no Milan, clube do coração, em 1987-88 e 1991-92, quando disputou em San Siro o jogo comemorativo dos 50 anos de Pelé.

JURGEN KLOPP, técnico alemão de 54 anos, disputará a terceira decisão da Liga dos Campeões pelo Livepool, considera que a final com o Real Madrid será bem mais complicada do que se fosse com o Manchester City: “Não se pode deixar de reconhecer a tradição de um clube centenário e treze vezes campeão europeu”. Já o ponta egípcio Salah, artilheiro do time, pensa que “o City seria mais complicado”. 

DOS QUE DISPUTARÃO a grande final do próximo dia 28 na França, só três participaram de todos os 12 jogos da campanha do Real Madrid e do Liverpool, em todas as fases da Liga dos Campeões: os goleiros Alisson, titular da seleção brasileira, e Courtois, titular da seleção belga, e o atacante Vinicius Junior, que deve ser um dos nomes da lista final de convocados do técnico Tite para a Copa de 2022.

Fotos: Real Madrid Official / ESPN / MARCA